Imagem de capa: FCSCAFEINE, Shutterstock
Eu queria poder culpar os astros, mas não consigo acreditar que o signo – maldita geminiana! – seja culpado por todas essas interrogações constantes que pulsam, diariamente, na minha cabeça. Minha mente fervilha. São incontáveis porquês, o tempo todo. Ninguém precisa colocar a pulga atrás da orelha, porque ela já está ali – praticamente um bichinho de estimação.
Observo tudo, todo tempo. Percebo as pessoas, a forma como mudam o sorriso, a forma como escolhem uma música, a forma como escrevem um poema. Eu olho para o preto no branco e fico caçando as entrelinhas. Fico buscando entender porque aquela poesia, porque aquela música naquele momento, porque do sorriso. O nó se forma na cabeça e vai crescendo. E eu vou alimentando, porque é o que sei fazer de melhor. Eu sou ótima em criar interrogações.
Dessa forma, gosto de gente transparente. De gente que não se esconde, que fala abertamente, sem cochichar pelos cantos. Gosto de gente que realmente demonstra aquilo que diz, sem deixar margem para interpretações erradas – porque eu sou cheia (cheinha mesmo!) delas.
Gosto de gente que cala tudo que grita com um abraço. Gente que olha nos olhos e entende o turbilhão que passa neles. Sinto apego nessas pessoas que falam com atitudes e fazem coreografia com aquilo que dizem. Um ‘dois-pra-lá-dois-pra-cá’ entre a boca e o corpo, sabe? Elas sentem o que dizem e demonstram isso. Pago pau, mesmo! Puxo para perto. Admiro. Guardo no cantinho bonito do coração.
Eu preciso dessas pessoas para conseguir respirar melhor. Não gosto das interrogações ferradas que alimento todos dias – sem querer. Não gosto dessas perguntas sem respostas e odeio esse caça palavras, de buscar entender o que está perdido nas entrelinhas, no suspiro, no tom de voz. Queria não complicar o simples.
E nessas interrogações intermináveis, eu vou vivendo a vida. Questionando o que deveria ou poderia ser (quem sabe?) Vou me apegando aos detalhes ínfimos, às pessoas intensas e aos sentimentos mais sincero que a humanidade poderia, um dia, experimentar. Vou vivendo, não como poderia ser, mas como estava planejado para acontecer.
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