Imagem de capa: Happy Together, Shutterstock
Não é fácil para ninguém ser responsável pelo cuidado de outra pessoa. Cuidar não é uma tarefa simples e requer tempo, dedicação, esforço e responsabilidade. Quando o bem-estar de alguém depende de você, a energia investida e o tempo dedicado podem chegar a desgastar.
Em muitos casos, e sem que a pessoa seja plenamente consciente disso, o cuidador vai deixando sua vida pessoal e saúde de lado para assumir suas novas funções. Às vezes, na tarefa de cuidar, o mais importante é negligenciado: cuidar de si mesmo.
Aqueles que dedicam parte do seu tempo ao cuidado dos outros precisam contar com um apoio adequado e estar atentos à sua própria saúde. Cuidar de si e reservar um tempo para si mesmo é fundamental.
Aceitar o inevitável
Assim como uma pessoa não se torna dependente da noite para o dia, uma pessoa também não se transforma em uma cuidadora de um dia para o outro. Quando um familiar começa a apresentar problemas, há um processo de ajustamento através do qual o futuro cuidador vai se adaptando ao seu novo papel.
O cuidador muitas vezes experimenta uma série de fases antes de se adaptar à nova situação. É comum que, na primeira etapa, a pessoa se recuse a aceitar que seu familiar precisa de ajuda para suas atividades da vida diária. Chega um momento em que as dificuldades são tão evidentes que não é possível seguir negando a nova realidade.
Uma vez que a pessoa aceita que seu ente querido precisa de ajuda, começará a buscar informações: qual doença sofre, como pode evoluir, de quais cuidados precisará, etc. É habitual que nesta etapa apareçam sentimentos difíceis de suportar, como tristeza, culpa, raiva ou frustração.
Pouco a pouco novas responsabilidades vão sendo assumidas e começa-se a organizar o tempo e os recursos em torno da pessoa que precisa dos nossos cuidados. Em maior ou menor medida, os cuidadores costumam se adaptar a essa nova etapa de sua vida.
Adaptar-se à mudança
Quando alguém se transforma em um cuidador, sua vida como estava planejada antes muda. A nova situação pode trazer consigo mudanças familiares, laborais, nas relações pessoais, bem como na própria saúde física e mental.
É provável que o cuidador comece a sentir-se culpado por acreditar que não está exercendo bem seu trabalho ou sinta um intenso sentimento de solidão. Também é comum que o cuidador se isole dos demais, o que pode acentuar os sentimentos negativos.
Quando a exaustão te consome
Quando de tanto cuidar do outro, a pessoa deixa de cuidar de si mesma, começam a aparecer sinais que indicam que algo não está bem. É importante prestar atenção aos sinais de alerta para poder dar uma solução quando aparecem.
Alguns dos sinais que nos indicam que estamos no limite de nos sobrecarregar são os seguintes:
– Sensação de sono ou cansaço contínuo.
– Sentir-se sozinho ou isolado.
– Aumento no consumo de medicamentos ou substâncias que causam dependência.
– Trocas de humor frequentes e maior irritabilidade.
– Dificuldade em se concentrar.
– Problemas no trabalho.
Para cuidar do outro, primeiramente preciso cuidar de mim
É fundamental cuidar de si mesmo para poder aguentar a tarefa de cuidar de outra pessoa. Esses são alguns dos hábitos que podem ajudar a manter um equilíbrio físico e mental:
– Reorganize seu tempo: classifique as tarefas por ordem de prioridade e organize suas atividades. Dê-se intervalos de descanso, visto que é muito importante que parte do seu tempo seja dedicado exclusivamente a você.
– Cuide do seu descanso: durma o suficiente e procure tentar ir para cama depois de alguma atividade relaxante.
– Encontre momentos ao longo do dia nos quais você possa parar e descansar.
– Tenha uma vida saudável: o exercício moderado e a alimentação equilibrada ajudam a sentir-se bem consigo mesmo, a conservar a energia e descarregar tensões emocionais.
– Expresse seus sentimentos: é fundamental expressar o que você sente, sejam coisas boas ou ruins. Os sentimentos positivos nos aproximam dos demais e criam um ambiente confortável. Por outro lado, expressar os sentimentos negativos nos ajuda a impedir que eles se acumulem e nos causem mais sofrimento.
– Mantenha as relações sociais: os amigos e a família são um pilar básico do bem-estar pessoal. Peça ajuda a eles quando for necessário, ligue para dizer-lhes como você está e evite o isolamento, bem como a sensação de se sentir preso.
Quando alguém leva muito tempo cuidando de outra pessoa, pode entrar em uma espiral de cansaço da qual é difícil escapar. Se o ritmo de vida te sobrecarrega, peça ajuda o quanto antes. Cuide-se para poder cuidar de uma vida sem consumir a sua.
Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa
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