Imagem de capa: MarinaP, Shutterstock

Se eu pudesse te dar um conselho hoje seria: respeite a sua tristeza. Respeite sua tristeza porque ela é um sentimento natural. Respeitar algo que se está sentindo é o mesmo que se respeitar e que se acolher.

Não somos obrigados a sentir alegria todos os dias. Há dias em que tudo que queremos é manter silêncio e um certo isolamento da sociedade. E não há mal nenhum isso. Não somos seres estáticos que possuem apenas um tipo de emoção. Somos seres vivos, em constatante mutação, vivendo situações diferentes e convivendo com pessoas diferentes todos os dias. As emoções fluem e se transformam. Cedo ou tarde a tristeza virá e ela deverá ser ouvida e respeitada. Quanto mais a menosprezarmos, mais difícil será lidar com ela.

Mas confesso que nem sempre eu aceitei estar triste. Nem sempre eu aceitei esse estado de espírito em minha vida. Foram inúmeras as vezes em que ela se instalou em meu peito e eu me obriguei a ir em direção à multidão como forma de me convencer que “estava tudo bem”. Resultado? Eu só voltava pra casa pior porque chorar dói mas forçar um sorriso quando não se quer sorrir é ainda mais incômodo. Vestir máscaras pesa muito na alma da gente. Ressalto que estou falando de tristeza, não de depressão que é uma doença séria, onde a tristeza persiste e se alonga, exigindo diagnóstico e tratamento. (Estar triste é bem diferente de ser triste e precisamos nos atentar a isso para levarmos uma vida mais saudável).

Em uma sociedade que nos obriga constantemente a expor nas redes sociais felicidade nem sempre genuína, é um ato de coragem admitir: estou triste. Eu fiz isso recentemente, deixei de esconder uma tristeza que veio me visitar, eu a assumi e estive disposta a aprender o que ela veio me ensinar. O resultado disso? Ainda não sei, ainda estou sendo sua aprendiz. Mas pessoas ótimas vieram dizer que estão comigo e estariam disponíveis se eu precisasse. Talvez uma das lições que a tristeza veio me ensinar é de que não preciso fazer tudo sozinha, que há pessoas legais nesse mundão e que baixar a guarda às vezes pode ser muito bom.

Então, novamente, se eu puder te dar um conselho, seria: se a tristeza te visitar, ouça o que ela tem a te dizer. Geralmente ela nos ensina mais do que a alegria e pode ser justamente ela quem vai nos orientar a sair de uma situação que não vem dando certo há algum tempo. Além disso, sentir tristeza, assim como qualquer outro sentimento, nos faz lembrar que estamos vivos.

Nat Medeiros

“Sou personagem de uma comédia dramática, de um romance que ainda não aconteceu. Uma desconselheira amorosa, protagonista de desventuras do coração, algumas tristes, outras, engraçadas. Mas todas elas me trouxeram alguma lição. Confesso que a minha vida amorosa não seguiu as histórias dos contos de fada, tampouco os planos de adolescência. Os caminhos foram tortos, íngremes, com muitos altos e baixos e consequentemente com muita emoção. Eu vivo em uma montanha-russa de sentimentos. E creio que é aí que reside o meu entendimento sobre os relacionamentos. Estou em transição: uma jovem se tornando mulher experiente, uma legítima sonhadora se adaptando a um mundo cada vez mais virtual. Sou apenas uma mas poderia ser tantas que posso afirmar que igual a mim no mundo existem muitas e é para elas que escrevo: para as doces mulheres que se tornaram modernas mas que ainda acreditam nas histórias de amor.”

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  • Belo texto.

    Minha ex-namorada terminou comigo a cerca de um mês.

    Meio que fui pego de surpresa, apesar da relação não estar mil maravilhas, ainda(e tem) solução.
    Obviamente, ainda me sinto péssimo, alguns dias me sinto bem, mas sempre com a lembrança do que vivemos.. mas na maioria dos dias infelizmente tenho me sentido pra baixo.
    E ela sabe, e o que me deixa bem frustrado é o fato dela achar que sou um fraco por estar triste, que devia estar bem, sinceramente não entendo, saudade dói isso, e sentir-se mal por um termino não é fraqueza.

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Nat Medeiros

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