Imagem de capa: eldar nurkovic, Shutterstock
Ninguém tem o direito de dizer ao outro que ele não irá conseguir isso ou aquilo, porque ninguém tem o direito de determinar o destino de vidas que não são suas. Quem deve saber aquilo de que somos capazes, com propriedade, somos nós mesmos.
Todos temos nossas opiniões sobre aqueles com quem convivemos, pois o dia-a-dia nos aproxima das pessoas e acabamos as conhecendo cada vez mais. E, embora essa proximidade nos permita aconselhá-las e opinar sobre suas vidas, não poderemos, em hipótese alguma, determinar-lhes o futuro, como se fôssemos deuses ou videntes, uma vez que por muitos nossas palavras serão ouvidas e levadas em conta.
Pessoas são incríveis, surpreendem, são capazes de superar o que jamais imaginaríamos, de chegar a lugares que pensávamos serem inalcançáveis, de agirem de forma totalmente inesperada. Isso porque ninguém tem a noção exata do tanto que possui dentro de si, da real potencialidade que carrega, do quanto suas ações podem salvar a si mesmo e aos demais.
Costumamos nos julgar bem abaixo do que na verdade estamos, duvidando de nós mesmos, temendo o erro, o fracasso, fugindo aos possíveis nãos que poderemos ouvir vida afora. Por essa razão, ninguém precisa nos desestimular, dizendo que aquilo não é para nós, que não conseguiremos obter certas coisas, ou que jamais seremos felizes se fizermos esse ou aquele outro. Nós mesmos já temos a tendência a diminuir o alcance de nossa imensidão.
Não podemos permitir que o medo, a dúvida e a autoestima frágil se tornem obstáculos ao nosso caminhar seguro, à firmeza de nossas convicções e de nossos sonhos, mesmo os mais altos. Da mesma forma, não devemos dar ouvidos às palavras de desânimo, à negatividade circundante, ao descrédito que o outro tenta nos incutir. Caso haja chances, por ínfimas que sejam, de acontecer, sigamos em frente, a despeito de toda torcida contrária que tivermos de enfrentar nesse percurso.
Ninguém tem o direito de dizer ao outro que ele não irá conseguir isso ou aquilo, porque ninguém tem o direito de determinar o destino de vidas que não são suas. Quem deve saber aquilo de que somos capazes, com propriedade, somos nós mesmos, ou seja, não podemos achatar nada aqui de dentro por conta de palpites alheios. Porque, como já se disse, somos do tamanho de nossos sonhos e sonhos não têm limites, assim como nós.
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