Imagem de capa: everst, Shutterstock
Nós não dominamos nada senão nossas escolhas — e muitas vezes nem isso. Podemos escolher a faculdade, mas nem sempre a profissão. Podemos escolher uma cidade para morar, mas nem sempre nossa proposta de emprego estará nela.
Podemos (achar) que encontramos a pessoa certa, mas nem sempre somos a pessoa certa para ela. A verdade é que nem tudo depende de nós. E isso é bom demais! Deixar a vida acontecer com naturalidade tem um outro gosto. As surpresas é que fazem a vida valer a pena.
Nessas surpresas rotineiras, sempre encontramos alguém que nos queria bem, que faça dos nossos dias melhores e que nos ame da forma como merecemos. Da mesma forma que encontramos pessoas que não estão dispostas a um compromisso sério, mas fazem de tudo para nos convencer do contrário, com o objetivo de conseguirem o que querem. Mentem, trapaceiam, enganam. Deixando marcas que o tempo leva anos para apagar.
Para essas pessoas, aceite um conselho: afaste-se e esvazie seu coração! Tire dele todas as pessoas tóxicas que, de alguma forma, ficam mal ao te ver bem ou que só te procuram quando precisam de algo. Sabe, limites foram feitos para serem respeitados e você deve obedecer essa regra em respeito próprio.
As pessoas precisam perder essa mania de se acostumar com aquilo que as fazem mal. Não dá para conviver com grosserias diárias e encarar como normais. Muito menos não ter com quem conversar no final do dia porque o “cansaço” tomou conta dos dois. É preciso desmistificar essa ideia de que toda felicidade está condicionada à um grande sofrimento anterior.
Nos ensinaram que se não lutarmos o suficiente, não chorarmos ou não enlouquecermos por alguém, não merecemos a felicidade que o relacionamento proporciona. Quem disse? Merecemos sim!
Escolher alguém para dividir a vida não se resume a uma qualidade específica. O que encanta é o conjunto de qualidades e a troca recíproca delas: o telefonema de bom dia, a mensagem no meio do expediente, a preocupação de levar ao dentista…relacionamento é rotina com doses de cuidados recíprocos. Se não for assim, para que continuar?
O sofrimento depois de qualquer término, é difícil, mas necessário. Não dá para se torturar com possibilidades do tipo “ e se?”, “poderia ter dado certo” ou “ será que a culpa foi minha?”, porque você sabe a resposta.
Não dá para encher uma taça de vinho se ela estiver preenchida de gelo. Da mesma forma que um novo amor não poderá chegar, se você não abrir mão do que te faz mal. Até quando você será capaz de rasgar a própria alma e costurá-la em troca de aceitação?
Permita-se viver o que merece e, acredite, você merece muito! Aceite o conselho de Fernando Pessoa e “feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.”
Esvazie sua vida para que o novo tenha espaço para fazer morada. Queira um amor com senso de humor, desses de rir até doer a barriga. Desses que você sinta saudades no meio do dia e que se importe com suas inseguranças, mas não saia por aí procurando-o.
Não entre na paranoia da obrigatoriedade de encontrar, a todo custo, o amor da sua vida. Amor não segue regras e tem dia marcado para acontecer, mas isso, meu caro, é um assunto entre seu destino e suas atitudes.
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Lindo texto. Parabéns.