Imagem de capa: lightwavemedia, Shutterstock

Muitas vezes, ainda que cheios de projetos e ambições, encolhemo-nos por medo de não dar certo.

Nos escondemos atrás de um personagem socialmente criado, que muitas vezes não traduz em nada o que somos.

Por medo de fracassar, muitas vezes nem cogitamos tentar.

Pelo receio da mudança e do desconhecido, não buscamos sequer descobrir a nossa verdade, o que faz nosso coração vibrar.

Ocorre que, assim, o tempo vai passando, cada vez mais ficamos sem energia e viramos meros telespectadores da nossa própria vida.

Não podemos deixar isso acontecer, definitivamente!

Se não der certo, tudo bem, vamos tentar de novo, vamos tentar de outro modo, vamos tentar outra coisa, só não podemos ficar estagnados numa vida que não nos realiza.

Precisamos dar nossa cara à tapa!

Precisamos correr riscos (inclusive o de dar mais certo do que imaginávamos)!

O que os outros vão pensar? Para onde vai a nossa reputação se fracassarmos? Como vamos ficar conhecidos?

Não importa. Verdadeiramente, isso não deve fazer diferença alguma.

Aliás, muito melhor ser lembrado como alguém que sucumbiu aos seus sonhos, cometeu algumas loucuras e foi feliz no fim das contas, do que aquela pessoa boazinha, que fez tudo certinho, mas viveu

frustrada e com um sorriso amarelo por medo de ir atrás do que realmente queria.

Quantas coisas maravilhosas foram feitas nesse mundo por pessoas tidas como “com um parafuso a menos”, mas que tiveram a coragem necessária para vencer as barreiras externas e internas e tentar. Talvez não uma ou duas vezes, mas várias. Pessoas que não ignoraram o seu coração, que não silenciaram a sua intuição e deram um pulo no abismo, ainda que sem saber ao certo o que iria acontecer.

Precisamos fazer valer nossa passagem por aqui.

E, com certeza, ser bonzinho para agradar – ou apenas não desagradar – aos outros não é algo que traduza exatamente evolução.

Nosso compromisso maior é conosco mesmos, com o nosso aprimoramento, com o nosso despertar. Às vezes, precisamos ser um pouco egoístas. Colaboramos com um mundo melhor quando melhoramos a nós mesmos.

Vamos olhar para dentro, nos sentir, nos autoconhecer, nos cuidar, ver nossas necessidades, o que faz nosso olho brilhar. Sejamos bonzinhos conosco mesmos, ora!

E brindemos os corajosos, os desencanados, os “surdos” e os “loucos”! Temos muito a aprender com eles…

Susiane Canal

“Servidora Pública da área jurídica, porém estudante das questões da alma. Inquieta e sonhadora por natureza, acha a zona de conforto nada confortável. Ao perder-se nas palavras, busca encontrar um sentido para sua existência...”

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Susiane Canal

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