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Um brinde a todas as vezes que formos capazes de dizer SIM!

Imagem de capa: Elena Efimova, Shutterstock

Para cada “não” que às vezes a gente é obrigado a dizer, ou ouvir… abrem-se à nossa frente inúmeros possíveis “sins”, prontos para serem ouvidos, ditos, sentidos e vividos.

O final das coisas, dos capítulos ou das histórias, muitas vezes é rigorosamente necessário para que a gente tenha a oportunidade de ter novos começos.

E quantas vezes, depois que a gente acha que o mundo vai terminar em lágrimas é que não acabamos aprendendo a sorrir de um jeito novo, por uma nova causa ou como consequência da libertação de esforços que foram vãos, em lugares onde já não podíamos mais permanecer, onde já não éramos bem-vindos.

Dizer “sim” significa alargar o peito e ampliar o olhar para além daquilo a que já estávamos acostumados. Dizer “sim” é mostrar ao mundo que estamos vivos, afinal de contas, e que é na vida que estamos interessados.

Um “sim” não pode ser dito com reserva ou timidez. Ele tem que jorrar de dentro da gente com a energia necessária para reconhecer caminhos inéditos e transmutar em possibilidades aqueles sonhos ousados, para os quais a nossa antiga versão julgava não estar pronta.

É nessa hora que cabe um suspiro no lugar da respiração contida, um salto no lugar do passo incerto, um mergulho no lugar de permanências amedrontadas na beirinha de algum lugar, com medo de se molhar.

A terra do “sim” é ampla e cheia de espaços antes nunca visitados. É preciso estar disposto a caminhar descalço, sentir o chão e abrir mão do lugar confortável da falta de ambição afetiva.

É aqui, na afirmação de um gesto de desapego das dores agasalhadas, que tem início a nossa jornada de transformação.

A distância pode ser imensa, entre esse ponto de partida e o lugar onde almejamos aterrissar. Não tem importância… Porque depois de darmos o primeiro passo para longe das negações, não há nada que nos possa fazer querer olhar para trás.

Um brinde a todos as vezes que formos capazes de dizer SIM! Um brinde à nossa coragem de desembrulhar os sonhos, um a um, para que eles possam caber inteiros na nossa vontade de ir mais longe, mais alto e mais fundo nessa maravilhosa experiência que é estar de corpo e alma onde quer que estejamos, desde que seja este o lugar onde escolhemos estar.

Ana Macarini

"Ana Macarini é Psicopedagoga e Mestre em Disfunções de Leitura e Escrita. Acredita que todas as palavras têm vida e, exatamente por isso, possuem a capacidade mágica de serem ressignificadas a partir dos olhos de quem as lê!"

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