Imagem de capa: MJTH, Shutterstock
Por Isabela Nicastro – Sem Travas na Língua
Dizem que erramos muito ao amar. Ficamos assim, meio bobos, meio descompensados, trocando os pés pelas mãos. Aí, depois dos erros, as grandes decepções. A gente se culpa por errar, por não pensar antes de dizer “te amo”, por confiar demais, por não agir com cautela. A culpa parece ser uma consequência direta da entrega. Quando algo não sai como o esperado, culpamos o amor, esse tal sentimento tolo e irracional.
E aí prometemos não amar mais. Passamos a agir contra tudo o que um dia pregamos. Curamos nossas feridas, criando outras em pessoas diferentes. Criticamos os apaixonados pelas tolices que cometem. Tornamo-nos céticos, frios, amargos e racionais demais. Na tentativa de não errar mais, escolhemos não amar. Preferimos acreditar que o amor não existe e seguir sem ele.
Agindo assim, mal sabemos que os tolos somos nós. Esquecemos que amar não é uma escolha. Que a gente não escolhe se entregar ou não, como se escolhe o feijão em cima do arroz ou vice-versa. É o amor que nos escolhe. E, para quem ama de verdade, a entrega é inevitável, bem como as atitudes irracionais que são consequências dela. Diante de tanto sentimento transformado em ação, é claro, que erros são cometidos. Erros, como também muitos acertos, no entanto, preferimos evidenciar o que deu errado.
Esquecemos que amar é um risco. Um tiro no escuro, sem certeza sobre a perfeição do alvo. E aí, vai da gente atirar ou não. Podemos tentar, errar e acertar, sem deixar de amar. Ou, podemos continuar errando, deixando de amar. Inevitavelmente, os erros acontecerão. Em qualquer escolha, eles continuarão uma realidade, dura e cruel, muitas das vezes.
Por isso, eu prefiro errar amando. Prefiro tentar o alvo, mesmo que eu nunca o acerte. Escolho morrer na praia, depois de ter nadado muito. Escolho amar, mesmo que isso implique em deixar a razão de lado por diversos momentos. Erros cometidos enquanto se ama não me trazem culpa e sim, aprendizado. Portanto, sejam bem vindos os próximos e os novos amores que virão. Os novos erros também. Eles já estão inclusos no pacote.
Assim seguimos.
Fonte indicada: Sem Travas na Língua
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