Imagem de capa: Hrecheniuk Oleksii, Shutterstock
A vida pede um pouco mais de você para o outro. Pede que saiba escutar mais e dizer menos. Pede, ainda, que traga partes de você para acrescentar e não diminuir quem quer que seja.
Em todos os momentos que escolhemos dividir, apontar e julgar outras pessoas, na verdade passamos longe de qualquer afeto comum. Porque nem sempre estamos dispostos a entender opiniões diferentes, sentimentos diferentes. As coisas hoje andam tão rápidas e mutáveis e quase não nos sobra tempo para olharmos para dentro de nós e percebemos que, passadas as decepções, gentilezas ainda são o melhor caminho.
Enquanto o mundo obriga mais racionalidade, precisamos manter o espírito acolhedor, livre e sereno. Nada de repelir, instantaneamente, carinhos e sorrisos vindos na direção contrária. Economizar querer para proteção deixa a vida sem sabor. E mesmo nos dias agridoces, existem sim, histórias e relações únicas a serem aproveitadas.
O “não quero” não serve mais. O “daqui a pouco” é muito tarde. Ah, e o “amanhã”, no amanhã tudo pode mudar. Não guarde metade de você se pode ser inteiro hoje. Dê bom dia aos vizinhos, sorria na fila do pão, ofereça um lugar aos que mais precisam. É também, de suma importância, acreditar na felicidade compartilhada. Um estado pleno de cuidado, respeito mútuo e sincronia.
A vida pede mais paciência que urgência. Pede que saiba reconhecer quais os instantes fazem bem para o corpo, para a mente. Pede, ainda, que seja você de verdade todos os dias, sem máscaras.
No fundo, a vida pede mais abraço que razão. E abraçar é tão bom.
Obs: Título retirado da canção homônima do cantor e compositor Tibério Azul
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