Imagem de capa: dachazworks, Shutterstock
Você pode ter uma conta bancária de cair o queixo, trocar de carro todo ano, comprar um apartamento na praia, na serra, no melhor bairro da sua cidade. Você também pode visitar a Europa três vezes ao ano, frequentar os melhores restaurantes do mundo e vestir as roupas dos estilistas mais renomados.
Se você não tiver tempo para compartilhar os momentos com quem você ama, de nada adianta o seu dinheiro em ascensão. Quando a vida melhora financeiramente, algumas pessoas tendem a achar que tudo está em perfeito estado.
Talvez esteja se você for do tipo que valoriza o tempo compartilhado. Caso contrário, na minha humilde opinião, tudo isso não passa de uma massagem interminável no ego que coloca você lá para cima.
Não estou dizendo que dinheiro não é importante, claro que é. O que quero dizer é que os cifrões que compram o carro bacaninha, não compram o tempo que você não acha para dar e receber afeto.
Afeto também não tem preço e não se compra na concessionária. O carinho, a doação e o abraço ficam em uma casinha simples, quase no meio do nada, em uma estrada onde possivelmente você não vai ter coragem de colocar o seu carrão.
São dois pontos diferentes nessa história: o cara do carrão que aprendeu a valorizar o tempo vivido com quem escolheu para dividir o caminho; e o tio do conversível que está mais preocupado em garantir o próximo modelo 2018, que ainda nem foi fabricado, mas já tem espaço garantido na garagem.
Nada é mais precioso do que o tempo. Mais ainda no mundo em que vivemos, onde o tempo não tem tempo nem para ser tempo. Correrias diárias, horas e horas comprometidas em inflar o peito de conquistas “valiosas”, mais do que encher o coração de momentos felizes para serem lembrados com os amigos, com a família, com o sobrinho, com quem quer que seja.
Esses dias presenciei uma criança pedido ao pai que a levasse ao parque. O homem disse que faria na semana que vem. A menina retrucou: “você disse isso na semana passada”. Muito possivelmente esse cara vai dizer a mesma coisa na próxima semana.
Nada contra, afinal de contas, cada um foca naquilo que acha mais importante. Todo ser humano é livre para escolher o que fazer com o tempo que tem, certo? Claro que sim! Estou apenas dizendo que o tempo não se compra na imobiliária, na agência de viagens, no câmbio ou onde mais o seu dinheiro for utilizado.
Tempo e dinheiro não necessariamente precisam andar juntos. Há quem não tenha dinheiro, mas tenha tempo para ir ao parque. Também temos os cheios de grana e vazios de tempo para aproveitar os filhos, por exemplo.
São escolhas que fazemos todos os dias. São formas de ver a vida, de valorizar o que nos faz felizes, de sermos felizes. O dinheiro para mim não é tão importante, pois eu posso comer um cachorro-quente, sentada no meio fio da calçada, desde que seja com quem eu mais amo.
O tempo que venho aprendendo a apreciar está mais relacionado a quem o divide comigo do que com o tipo de coisa que faço com ele. E nesse sentido, isso me parece tão óbvio, o dinheiro não está relacionado.
Há se encontrar uma maneirar de amar o tempo do jeito que ele é, assim, acomodado naquilo que você o direciona. Não é o tempo que vai buscar você para um café com bolo no sábado com sua melhor amiga. É você quem acha o tempo e o condiciona conforme suas prioridades.
E nós precisamos apenas direcionar o nosso tempo e observar como os outros fazem isso. Talvez fulano não tenha tempo para você, pois a vida é corrida mesmo e há coisa mais importante para resolver. Deixa o outro com suas prioridades.
Tome conta das suas. Ajuste o relógio de acordo com os ponteiros do coração e corra para o abraço. O tempo pode ser seu grande amigo ou apenas mais uma justificativa para dizer que não sobra tempo para ter tempo.
Amar requer tempo, amar requer calma.
Porque gostar rapidinho é para quem tem pressa. E quanto mais pressa você tem para adquirir as coisas, menos tempo vem para você amar as pessoas.
Nesta segunda-feira (4), o Brasil se despede de Agnaldo Rayol, que faleceu aos 86 anos…
O cantor Agnaldo Rayol, uma das vozes mais marcantes da música brasileira, faleceu na madrugada…
A perda de Filó, uma cadela da raça bulldog francês de cerca de dois anos,…
No competitivo mercado de trabalho, a preparação para entrevistas de emprego costuma envolver currículos impecáveis…
Você já parou para pensar no motivo de dormir abraçado ao travesseiro? Esse hábito comum…
O cinema consegue traduzir sentimentos e vivências que, muitas vezes, vão além das palavras. No…