Escrever poesia é encontrar a si mesmo, olhar para dentro, dispender minutos em pleno silêncio. Sempre que fecho os olhos e deixo a minha mente vazia o papel se preenche com tinta. A poesia surge assim, sem esforço. Não é preciso métrica, arranjos delicados, nem nenhum outro ornamento. O poema é produto do acaso — assim como o universo, que supõe-se ter surgido do nada.
O pequeno poema a seguir é dedicado a uma grande mulher e faz referência ao fim de um relacionamento.
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porra, menina, não vê que eu tô em outra? eu sei que você sabe que eu sou fraco, que eu tenho esse seu gosto bem na minha boca, mas agora já era a nossa dança. vai pro mundo, ver gente diferente, sentir o que se sente quando estamos livres. porra, menina, sabe que eu te quero, vou te querer pra sempre: esse teu gozo, esses teus seios; você é linda, homem não há de faltar no seu quarto, nem mulher, se for o caso, mas agora já era a nossa dança. desapegar é palavra de ordem. eu vou embora, numa outra onda, mas não sem a nossa última transa, por que você sabe que eu te amo.
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