Que me perdoem os teóricos de relacionamentos, mas o amor é para chegar invadindo com as duas mãos. É para carinhos sem travas e beijos sem perdões. Porque se não for amor com gosto de quero mais, talvez o melhor seja seguir em frente.
O tempo é curto e o coração não é uma jaula. Não podemos permitir que um sentimento tão extenso seja contido por regras pequenas. Merecemos todo o torpor dos versos vermelhos. Deixemos os medos esparramados pelo chão. Vamos adentrar nesse querer intenso e cafajeste. Sim, pois do amor também surgem epopeias inesquecíveis de prazer. O gosto de quero mais precisa ficar não só na saudade da presença, mas também nas mordidas e outras sentenças distribuídas no corpo despido.
O querer de dois clama por calmaria e também fica de joelhos para conceber tempestades. Dos afagos ditos, dos gestos em ritos. Devagar e a toda velocidade. Juras não serão necessárias. É o agora destilando verdades. E ainda que ações não sejam contadas e os minutos programados, o que restará é a síntese das mais belas trocas. De pernas, conversas e tudo do pouco que faz parte do muito.
Nada de espera. Nada de solidão. Nada na contramão. Apenas sejamos. Do contrário, siga em frente. Aqui o gosto de quero mais é certeiro da mesma forma que um amor pela manhã.
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