Beijos roubados e corações mantidos reféns. Amores clandestinos, bandidos, desafiando limites e ultrapassando fronteiras. Não seria o amor uma espécie de terrorismo? O mais belo dos crimes: apaixonar-se perdidamente por alguém.
O coração, essa caixinha de surpresas, desafia a razão, leis e certezas. Inventa desculpas esfarrapadas e nos faz pensar na pessoa amada uma dúzia de vezes. Se não fosse o bastante, faz nascer em nós uma ideia tão clara quanto a água: precisamos um do outro, sozinhos somos pouco ou quase nada.
Almas solitárias em um universo caótico. O amor transborda e transcende, nos furta o sono nas noites de inverno e cria hipóteses absurdas nas quais facilmente acreditamos. Não há para onde correr e nem para quem reportar. Somos, ao mesmo tempo, a vítima e o suspeito. Duas faces de uma mesma moeda – ou uma das múltiplas variáveis de uma roleta russa.
Todos os romances são uma espécie de terrorismo. Tudo é caótico e toda surpresa é bem vinda. Por um mundo com mais beijos roubados e corações mantidos reféns.
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