Eu me contradigo? Pois muito bem, eu me contradigo, sou vasto, contenho multidões. (Walt Whitman)
Esse mandamento pode parecer, num primeiro momento, demasiadamente óbvio. E é. A beleza se esconde nos lugares menos suspeitos e, quase sempre, passa despercebida aos olhares menos demorados. Para confiar em si mesmo é preciso, antes de tudo, ter paciência.
Não se trata de encarar uma longa jornada de meditação e contemplação nos moldes do budismo tibetano — esse é um dos caminhos para o equilíbrio pleno, não o único. Confiar em si mesmo requer um esforço contínuo, mas não nos obriga a abandonar as nossas tradições.
Outro ponto importante, justificando a referência ao grande expoente da geração beat, Walt Whitman: confiar em si mesmo pode resultar na mudança de posicionamento em relação a uma série de searas da vida. E é preciso ter confiança o suficiente para mudar de ideia, de caminho, de religião, de amigos e de relacionamentos afetivos.
Confiar em si mesmo é um dos principais mandamentos, pois através dele é possível realizar todos os outros. O diálogo em frente ao espelho, na hora mais fria da noite, pode trazer à tona insights incríveis.
Ao contrário do que se possa imaginar, é preciso ter autoconfiança para aceitar conselhos, para admitir os erros e para pedir perdão. A vida é um conjunto de contradições mais ou menos organizadas. O que fazer disso, cabe a você decidir.
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