Não há cura para corações partidos: um novo amor, o tempo, um livro, são paliativos e nada mais. Os laços de afetividade, quando se formam, ficam impregnados na memória, mancham a pele, a alma, como se fossem nódoa, ou tatuagem. Tornamo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos, já dizia Antoine de Saint-Exupéry, e isso deve ser levado a sério.
Dizer “eu te amo” tem um preço, gera vínculos e expectativas mútuas. É como se os sujeitos firmassem um contrato e, a partir de tal ato, suas vidas mudam de rumo. O “eu” perde lugar para o “nós” e a mágica acontece – afinal de contas, o que é o amor, senão essa troca, esse contato entre os sujeitos?
Dito dessa forma parece exageradamente romântico, surreal. Só vai concordar comigo aqueles que já tiveram o coração partido. Por mais que o tempo passe, que as memórias desapareçam, sempre fica algo, um instinto, um receio. E, quando alguém nos surpreende com uma declaração de amor, a gente pensa duas, três vezes antes de entregar o jogo.
E fica aquela vontade de dizer: não faça isso em vão. Melhor ficar calado do que despertar no outro sentimento tão singular. E não, os relacionamentos não precisam ser eternos, não precisam resistir a toda e qualquer provação. O que se procura aqui é manter a seriedade do instituto do amor, conservar a sua pureza, as suas características básicas.
Afinal de contas, o amor só precisa ser infinito enquanto dure, como é dito no Soneto da Fidelidade, do grande poeta Vinicius de Moraes. Por isso, aconselho, não diga “eu te amo” em vão.
De vez em quando estamos cortantes feito cacos de vidro. Nossa língua fere, nosso olhar…
O estresse no ambiente de trabalho é uma realidade cada vez mais comum. As exigências…
"Foi então que uma amiga me recomendou o EMDR..."
O day trading é uma das formas mais dinâmicas e fascinantes de investimento, mas também…
Saiba mais sobre essa abordagem psicoterápica EMDR, prática reconhecida pela OMS e acessível também através…