A idade vem chegando e as prioridades vão mudando. Com o passar do tempo, o meu interesse de porte físico torna-se cada vez mais psicológico. Prefiro alguém que compreenda e acompanhe as minhas loucuras, do que uma pessoa que vista-se bem ou tenha um cabelo legal de acordo com o meu gosto. A minha percepção mudou bastante. E não insisto mais em aspectos fúteis, ou coisas que se apagarão com o tempo. Prezo pelos valores e princípios, pois sem eles, não existirá um relacionamento duradouro.
Estou com uma curiosidade aguçada sobre o que é, de fato, um relacionamento amoroso. Reparo nos casais à minha volta, no que cada um faz quando está sozinho ou acompanhado, em suas atitudes, palavras, cuidados ou, até mesmo, na falta de interesse disfarçada em sorrisos falsos de alguém que não sente-se feliz ao lado de quem caminha. É perceptível quando forçamos a barra ou empurramos com a barriga. Os olhos não brilham, os gestos não possuem carinhos, tudo torna-se mecânico e sem graça. Mas quando se está em um relacionamento desses, certamente, a visão acaba se fechando naquele circo e fica viciada a enxergar somente o que se deseja. Triste realidade, do lado de fora qualquer um consegue ver a realidade diante do próprio nariz.
Aprendi, então, que relacionamento a gente constrói. É necessário dosar paciência, silêncio e bom senso. Além de respeito, lealdade e atenção. Quando sonhamos em encontrar um amor para a vida inteira, a própria vida nos prega uma peça e nos mostra que nem tudo é como parece ser. Pode surgir alguém que não faça promessas de para sempre, que não desperte as borboletas em nosso estômago, que não nos cause insônia, tudo ao contrário do clichê que estamos buscando constantemente. Um amor pode surgir do nada, de forma natural e espontânea: conhecemos e, aos poucos, passamos a admirá-lo. É uma conquista, não uma ilusão que criamos na nossa cabeça e pregamos em alguém. Por vezes, quando depositamos a nossa expectativa de pretendente ideal em alguém, é exatamente essa pessoa quem vai nos fazer de trouxa e consequentemente, nos descartar.
Acho adolescente fazer planos na imaginação e desenhar alguém perfeito na mente. O amor é um sentimento e não uma alucinação. O amor é feito de detalhes não palpáveis, não de um rosto bonito que vai se encher de ruga ao longo dos anos. O amor não é belo, ele é incolor. Pintamos de acordo com o nosso humor. E, então, que seja vermelho para simbolizar o sangue que corre em nossas veias quando o sentimos por dentro.
Depois de tantos anos procurando alguém que me tire o chão, me leve as estrelas e me roube o ar, estou mudando o meu discurso e me retificando. Eu quero alguém que me faça manter os pés no chão, os olhares para frente e que traga o fôlego. Alguém que me acalme, me dê esperança nos momentos difíceis e que faça eterno os instantes de paz. Alguém que durma abraçado sem morrer de calor, sem susto ou receios. Quero acordar e comprovar que, não importam as adversidades, tudo vai estar em seu lugar. Sem que a ansiedade interfira, sem que montanhas russas mudem o sentido da minha vida. A direção dos meus sonhos e desejos. Quero embarcar e desembarcar do mesmo ponto e, que essa sinalização, seja no coração de alguém. Que eu saiba o caminho mesmo quando tudo parecer perdido, que eu me encontre, me fortaleça e continue com as minhas crenças. O amor é maior do que tudo.
Antes eu achava que se eu não me apaixonasse, eu não teria inspiração para seguir em frente. Muito pelo contrário, a inspiração vem de dentro para a escrita. Portanto, não importa o quanto abalem o externo, o interno continuará intacto. Antes era imaturidade e urgência, hoje é conhecimento e sabedoria. Afinal, apenas uma crença muito forte transformará a paixão em amor. O amor não são apenas textos e poesias. Não pode ser demonstrado em símbolos ou palavras. O amor é reconstrução e muita dedicação. É preciso disposição e força de vontade. É ritmo, pausas e desafios. O amor é lento, embora seja alimentado por emergências.
O amor é tudo o que desejamos, mas que em meio a essa ânsia de acertar, acabamos confundindo com a carência.
Seja o amor em pessoa.
E o verdadeiro significado dele na vida de alguém.
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