Tenho percebido ultimamente que as relações acontecem muito rápido. Conhece rápido, doa rápido, acaba rápido. E sinceramente? Incomodo-me com a falta de qualidade das nossas relações, quando na verdade, não importa mais a vida e o prazer do outro, mas apenas o meu e o seu – ego.
O que quero dizer com isso?
Estamos nos esquecendo de que os relacionamentos não foram feitos para nós, mas para o outro. Isso se aplica da forma mais simples possível: eu me importo com quem caminha comigo, e eu sou importante da mesma forma. Um pelo o outro, os dois pelo amor e prazer de ambos.
Não anulo a existência e eficácia de relacionamentos rápidos. Conheço quem se casou três meses após o primeiro encontro, como também quem dedilhou a vida para uma amizade que chegou a pouco. Casos de sucesso e sorte, diga-se de passagem.
Mas percebo que pouco se digere do outro. E no primeiro caos aparente, o vínculo enfraquece ou se quebra. Não somos a prova de nada que aflija nosso ego, nossa vontade.
As paredes que levantam relacionamentos não devem ser em Drywall. Que embora seja um material muitíssimo prático e facilitador, ergue-se de forma rápida, assim como é removido na mesma velocidade. Talvez tenhamos que voltar um pouco no tempo, e reerguer relacionamentos com lajotas, um a um, resistentes e à prova de desencontros e desamor.
Por isso, penso que seja melhor ir aos poucos mesmo, com calma e cautela. Saboreando cada gosto de estar com alguém – em qualquer nível de relacionamento, para que não tenhamos indigestão. Respeitar as fases que são naturalmente funcionais.
O primeiro encontro, a troca de experiências e ideias, as coincidências, os gostos em comum. Então, a química, o cheiro, o beijo, o amor e assim por diante. Gostoso como tem de ser.
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