Crescer é uma dessas coisas que inevitavelmente acontecem. “Você precisa crescer, moça”, dizem os mais velhos. E crescer para eles significa arrumar um namorado, um emprego, uma casa, uma família.
Para muitos, amadurecer significa parar de se vestir como adolescente, de curtir até altas horas na rua e dormir até tarde nos finais de semana.
Mas amadurecer não é deixar de lado as coisas de menino, nem guardar as paixonites na gaveta. Crescer não faz de nós pequenos fantoches bobões e sem sentimentos, sem loucuras, sonhos, medos e insegurança. Adultos sofrem e choram e amam e se ferram em relacionamentos.
Crescer não significa parar de sonhar. Então não importa se você tem vinte, trinta, quarenta, oitenta anos. Sua idade não prova absolutamente nada. Conheço jovens de 15 que me encantam com pensamentos verdadeiramente profundos sobre amor e senhoras de 70 que ainda acham errado duas mulheres se beijando em público.
Crescer é uma escolha. Amadurecer não é se encaixar em um padrão, arrumar namorado para mostrar para a família nas festas de fim de ano ou se esgotar emocionalmente em um emprego ruim.
Não quero deixar de ser criança, nem perder a minha poesia, a minha paranoia, a minha paixão pelas pessoas. Isso não me faz menos maduro, me faz um pouco mais feliz.
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