A alergia provocada por um alimento ou substância é algo que pode surgir em um momento inesperado. Às vezes, mesmo depois de anos em contato com um produto, num dia qualquer, surge uma reação desagradável. Após essa data, entretanto, a relação com o produto que causou o mal estar nunca mais será a mesma, pois o corpo afetado deixará de tolerá-lo fisicamente.
O mesmo pode acontecer com as relações em nosso dia a dia quando, frente a uma ocasião ou comportamento que nos surpreende negativamente, alguém que fazia parte de nossa vida deixa de fazer sentido para nós.
Em meu caso, particularmente, por exemplo, confesso que sofro de intolerância a egos inflados.
Pessoas com egos inflados são aquelas que por falta de autoconhecimento, complexo de inferioridade ou seja lá qual trauma ou necessidade que traga consigo, precisa se auto afirmar perante os outros de maneira repetitiva. São aqueles que, só para dar alguns exemplos, destratam funcionários, por considerarem-nos inferiores a si mesmos; não admitem ser corrigidos; dão “pitis” quando contrariados ou gastam parte de seu dia postando fotos e mais fotos de si mesmos nas redes sociais.
Embora a pessoa seja livre para postar o que quiser, meu interesse por alguém, confesso, é inversamente proporcional ao número de fotos que coloca de si mesmo no Facebook – mesmo que a intenção seja veladamente chamada de comercial. Quem carrega consigo “eus” em demasia, não deixa espaço para os outros se aproximarem ou terem prazer na convivência.
Já optei por excluir pessoas da minha rede de contatos, por perceber que elas tratavam funcionários ou colunistas que trabalham comigo com desdém e arrogância; ou mesmo as que deram shows de estrelismo por motivos pífios (a gente percebe a diferença entre quem exagera, entende que errou e se retrata, e aqueles que apenas mostram quem são quando se exaltam). Nesse sentido, sou ré confessa e não busco absolvição. Corto laços sem remorso, abandono sem olhar para trás, expulso o que e quem não acrescenta. Forte, né? É. Mas vivo muito mais feliz e mais leve, depois que aprendi a dizer não para laços que estrangulam em vez de enfeitar.
É necessário que saibamos diferenciar as pessoas que merecem estar ao nosso lado, aquelas que nos valorizam sinceramente – as que devemos cuidar e agradar -, daquelas que só permanecem ao nosso redor com interesses segundos e que não reconhecem o valor da reciprocidade na relação.
Faz algum sentido gastar tempo e bom humor com quem não cultiva trocas reais e construtivas conosco, com aqueles que falam mal de nós em nossas costas e não reconhecem nada de bom que fizemos por eles?
A nossa tolerância e adaptação devem ser oferecidas àqueles que constroem conosco os castelos da vida, mas que também conosco dividem a simplicidade das conquistas ou, como diria nosso querido André J. Gomes, tomam conosco do vinho mais barato. Esses amigos, sim, são os que devemos ter por perto. Se o vinho tomado era ruim e deu dor de cabeça não importa: a dor de cabeça adquirida com quem amamos será superada, perdoada e esquecida. A intolerância desenvolvida por pobreza humana, não.
Nesta segunda-feira (4), o Brasil se despede de Agnaldo Rayol, que faleceu aos 86 anos…
O cantor Agnaldo Rayol, uma das vozes mais marcantes da música brasileira, faleceu na madrugada…
A perda de Filó, uma cadela da raça bulldog francês de cerca de dois anos,…
No competitivo mercado de trabalho, a preparação para entrevistas de emprego costuma envolver currículos impecáveis…
Você já parou para pensar no motivo de dormir abraçado ao travesseiro? Esse hábito comum…
O cinema consegue traduzir sentimentos e vivências que, muitas vezes, vão além das palavras. No…