É assustador o jeito como dão certo. Longe dele, ela é preguiçosa; longe dela ele sorri menos. Quando ele está ausente, ela conta os dias que faltam pro próximo encontro; na falta dela ele prega a cara no calendário e faz cálculos pra saber quando pode encontrá-la de novo. Longe dele ela é áspera, raivosa, sentimental; longe dela ele é manso, calmo, trabalhador, rotineiro. Longe dele ela adoece; longe dela ele entorpece. A distância os mantém juntos o tempo todo. É ela dizendo com voz de choro que o quer de volta ali; é ele dizendo que sente falta de abraçar o corpo dela no meio da noite. Mas a distância também os separa. Como brigam quando não se vêem! Ela culpa a saudade; ele prefere culpar a insegurança dela. Se ele pede pra ligar mais tarde e ela ainda tem coisas a dizer, quase pira; se ele liga e a ouve conversar com outras pessoas quer logo saber quem é. Ele acha que ela precisa ser menos dramática; ela acha que ele tem que se lembrar mais dela. Não concordam nas brigas… Se começam a discutir, caminham do nada a lugar nenhum. Mas, na vida… Ah! Na vida… Como esses dois são bonitos juntos! As caretas que ele faz, os bicos que ela mostra; as piadas de tudo que ele vê, os comentários de Shakespeare e Caio que ela faz. As histórias que um conta ao outro e a forma como seus caminhos se encaixaram. Ah! Quando se encontram, quando se olham nos olhos e apertam o corpo de um contra o do outro… Assunto encerrado. É assustadoramente fácil ver que ali existe amor. O jeito como ela ri com o corpo; a maneira como ele segura sua mão; a forma como tentam o tempo todo permanecerem ligados. Não! De jeito nenhum… Não são perfeitos, aliás, passam longe disso. O que? Se eles se completam? De maneira alguma. Fazem mais do que isso. As imperfeições dele, as qualidades dela ajudam a superar. Os defeitos dela são ajudados pelas perfeições que ele possui. Ele calmo normalmente, ela estressada diariamente; ela ciumenta, ele confiante; ele distraído, ela detalhista; ele bom com números, ela boa com as letras; ele um pouco louco; ela louca por ele… E completude? Não… Eles fazem mais… Somam. Ele deposita todas suas forças pra fazê-la estudar, ajuda com artigos por meio de brincadeiras; ela tenta trazê-lo pra perto, cuidar dele; ele dá força; ela mostra como ter paciência; ele a ensina a esperar; ela o ensina que o amor existe; ele a ajuda a amadurecer; ela o faz voltar a ser criança; ele tira a solidão dela; ela não o deixa ser carente. Ele é inteiramente o avesso dela por dentro. Ela é inteiramente o avesso dele por fora. São tão iguais, e ao mesmo tempo, tão diferentes… Que nessa balança louca de amor e realidade buscam o equilíbrio… Juntos. São um time, são dois, são um. São tudo o que o outro sempre quis com todo o bônus e ônus que traz o amor. Do peso que é amar e saber-se amado é assustadoramente bom e leve acompanhar essa história.
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Lindo!!!
Simplesmente, minha vida! ?