Paula Abreu
Se tem alguma coisa na sua vida que está empacada ou paralisada só porque você se considera perfeccionista, chegou a hora de desempacar e seguir. E a melhor forma de eu ajudá-lo com isso é mostrando que o perfeccionismo que paralisa é, na verdade, uma grande mentira. Deixa eu explicar por quê: só é concebível atingir a perfeição (isso quando ela é possível) de um jeito. Aperfeiçoando algo que já foi feito. Assim, você pode ter o melhor plano, mas, quando o coloca em prática, é certo: imprevistos acontecem, pessoas deixam você na mão, o tempo muda, a companhia aérea perde a sua mala. Nenhum plano sobrevive ao campo de batalha. Mas, se a perfeição só é possível quando a gente se coloca em movimento, então o que exatamente paralisa você, que se considera perfeccionista? O grande vilão na vida do perfeccionista é o pensamento de que “ainda não se está pronto”.
Você deve conhecer, não é? É aquela sensação permanente de que ainda falta aprender mais alguma coisa, ler só mais um livro, fazer mais uma certificação, terminar aquela pós, um último treinamento. Se começar agora, não estando pronto, com certeza vai dar tudo errado…
Vou tranquilizá-lo contando um segredo: você nunca estará pronto. E, bem, isso não é tão assustador assim. Você não estava pronto quando nasceu: não tinha dentes, não sabia falar, seu cérebro ainda não estava 100% desenvolvido, assim como uma série de órgãos e funções no seu corpo. Você só nasceu porque simplesmente não tinha mais espaço dentro da barriga da sua mãe para continuar se desenvolvendo por lá.
Do mesmo jeito, haverá tarefas e desa os que você vai ter que se dar permissão para fazer mesmo se não estiver pronto, simplesmente porque chegou a hora, e o lugar confortável e quentinho onde você estava se tornou pequeno e é preciso continuar se desenvolvendo. Ou porque, para ter aquela coisa que você deseja muito, é indispensável seguir em frente mesmo que não se sinta totalmente preparado para isso.
Em 2008, recebi uma ligação do Fórum durante a tarde. Eu estava no meio de um processo de adoção e a assistente social me ligou para saber se eu queria conhecer uma criança de menos de 1 mês de vida. Eu tinha sido habilitada para adotar apenas 15 dias antes e, na ocasião, a mesma assistente social me alertou que o tempo médio de espera por aquela ligação seria de dois anos e meio. Só que não foi isso o que aconteceu. Não, eu definitivamente não estava preparada para adotar um bebê de 20 dias. Mas eu queria muito adotar meu filho. Então eu peguei um táxi e fui ao Fórum. Aparentemente, minha falta de preparo com bebês recém-nascidos não foi fatal porque meu filho sobreviveu. (Tudo bem que ele ficou uma semana sem cortar as unhas dos pés porque eu não sabia que tinha que cortar!).
O autor Paul Arden diz que “a pessoa que não comete erros provavelmente nunca vai fazer nada”. Então coloque-se em movimento. Erre, aperfeiçoe, erre mais e aperfeiçoe até ficar feliz com o resultado. Depois lave, enxágue e repita.
PAULA ABREU é coach e autora do livro Escolha Sua Vida (Sextante). Seu site é escolhasuavida.com.br.
Fonte: Vida Simples
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