Meu caro, se te disseram que essas eram as regras do jogo, você foi completamente enganado. Primeiramente, acho bom você estar convicto de que isso não é um jogo e eu não estou para brincadeira. Estamos falando de sentimentos, pessoas, relação. Falaram-te que desprezar era o melhor caminho e por isso você anda tão perdido. Acreditou na maior mentira que já te falaram.
Comece me respondendo uma coisa. Você gosta de ser desprezado? Se a resposta for sim, aconselho-te a procurar ajuda terapêutica. Se a resposta for não (o esperado), gostaria que me respondesse outra pergunta logo em seguida. Se não quer ser tratado com desprezo por alguém, por que diabos, então, insiste em fazer isso com quem você anda se relacionando?
Não faz sentido. Não tem lógica. Esqueça, por favor, o que te disseram e o que ainda insistem em dizer sobre esses joguinhos. Sobre essa forma totalmente torta e doida de fazer alguém se interessar por você. Sobre essa vontade de ter outra pessoa “rastejando” atrás de ti. Não somos objetos, não somos bonecos. Somos feitos de carne, osso e sentimentos. Ignorar isso é cruel, é se colocar, também, a disposição para ser feito de gato e sapato. Fale-me, como isso trará felicidade?
Nenhum sentimento floresce e cresce regado à rejeição, depreciação, desconsideração ou qualquer “ão” que nos remeta a maltratar outra pessoa. Nenhum interesse é mantido por meio de fingir desinteresse. Se não quer, se não tem pretensão de levar adiante, se não tem vontade. Ok. Fale. Mas, da mesma forma, se tem desejo, planos e querer, demonstre. Mostre. Pela centésima vez, esquece essa história de que quanto mais esconde o que sente, mais a outra pessoa te quer.
Sentimento não é brinquedo. Esse papel você deixa para os objetos específicos. Brincar com o íntimo alheio é covardia.
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