O verdadeiro resgate não é parecer bonito e perfeito. O verdadeiro resgate não vem da nossa força, vem das nossas fraquezas. Vem da nossa fragilidade que nos permite estender a mão e pedir ajuda, mesmo quando não conseguimos fazê-lo em palavras, mas apenas no olhar.
O verdadeiro resgate vem de assumir que não está tudo bem e não estamos sabendo lidar com o que está acontecendo. Que não queremos aceitar a realidade, mas sim brigar com ela. Isso não é errado, isso não é feio. É apenas o nosso momento de ouvir o que o nosso coração diz, de gritar se for preciso, de chorar se necessário. E parar de cultuar uma perfeição que não existe.
O verdadeiro resgate é poder receber o olhar que se derrama de amor e carinho sobre a nossa fragilidade, porque quando nos revelamos para o outro realmente nos conectamos.
O resgate não tem compromisso com o ideal, porque ele muitas vezes é irreal. Ele tem a ver com a verdade. E a verdade é que todos nós precisamos uns dos outros. Ninguém vive e cresce isolado numa ilha. E é no resgate do EU que nos descobrimos e nos redescobrimos. É nele que nos entregamos cada vez mais transparentes, inteiros, amorosos e leves aos nossos relacionamentos e à nossa essência.
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