Não existe um tempo certo para amar. Quando acontece, você simplesmente sente. E todos os maiores pensadores e opinadores de plantão não podem negar, o encontro de dois corações faz a felicidade ser contínua, o respeito ser natural e, o carinho, a simplicidade do entrelaçar de dedos.
Desde que tomamos conhecimento do sabores desses amores errantes, insistimos em descrever o efêmero. Dura somente o necessário. Implica muito mais que escolha. Como num êxtase denso e sincero, dois corpos ocupando o mesmo laço. Falar de sacrifícios pelo outro é uma conversa irracional. Quem quer, soma. Entrega de afeto sem obrigação.
A vida segue nesse transe apoteótico dos relacionamentos líquidos, mas o que realmente queremos, no fundo, é abraçar os instantes ao lado de alguém sem que seja preciso rasurar os próprios sentimentos. O romantismo não é falso e, tampouco, frágil.
Que chegue o esperado dia da nossa inebriante passagem para os carinhos que ficam. Daqueles dos quais nos trazem sorrisos descontrolados, onde toda e qualquer demonstração da vivacidade contida aqui dentro, tenha não apenas um lugar de destino, mas também um caminho a ser construído.
Dos versos expostos, ausentes de julgamentos, a combinação perfeita – se é que existe perfeição. Mas, honestos quanto ao seu valor orgânico, alcançável e permissível, poderemos nos deparar com a síntese do equilíbrio amoroso.
O amor verdadeiro não acontece com hora marcada. Ele não é concebido previamente em linhas cicatrizadas no peito. Também são inexistes as explicações do processo em que se dá. Tanto faz. Amor é esse estado incandescente de expectativas criadas e nutridas por quem só quer viver em paz.
Seja hoje, amanhã ou depois, devagar ou urgentemente, é brincar com o tempo até o amor chegar.
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