Por Giseli Rodrigues
Amor, amor mesmo, é a realização de um relacionamento recíproco. É consistente, consciente e duradouro. Pode ser mais intenso aqui, perder um pouco a força acolá, mas é uma aposta diária. E mais do que aposta, é uma escolha. Uma escolha, que sabemos, depende de diálogo, concessões, ajustes, negociações, mas, sobretudo, de vontade de estar junto.
Ao longo da vida conhecemos milhares de histórias de amor. Cheias de conflitos, dramas, perdas e danos, mais tristezas que alegrias, mais choros que sorrisos. Narrativas recheadas de incertezas, dor, sofrimento, angústia e medo. São histórias, não amor.
Tal como vemos nos filmes, livros e músicas, alguns relacionamentos são verdadeiros espetáculos e rendem boas narrativas. Recheados de idas e vindas, brigas, proibições, traições, fugas, desentendimentos familiares. Muitas vezes, tempos depois, os protagonistas descobrem que o relacionamento que viviam era só isso mesmo: uma história e nada mais.
Uma história que demanda energia, sofrimento, angústia, geralmente não é forte o bastante para durar. Por mais que tenham nos ensinado que amar é sofrer, isso não é verdadeiro. Amar é estar em paz. É querer bem. É estar bem. É não ter medo. E quando o drama é demais as pessoas se esgotam.
Dificilmente histórias de amor complicadas têm finais felizes. Porque elas já nasceram perturbadas. Cheias de imposições, brigas, desentendimentos, interrupções, amarguras, mágoas. Causando uma série de desavenças por onda passa. E amor é outra coisa. Amor é leveza.
Ainda que um relacionamento amoroso não seja feito só de dias alegres, ele tem mais alegria do que tristeza. Mais consenso do que discórdia. Porque amar é querer a felicidade do outro. Enquanto histórias não passam de invenção, promessas e idealizações que não correspondem a um sentimento verdadeiro.
Avalie se você vive um amor ou uma história de amor. E tenha certeza de que, quando for amor, você vai saber. Quanto às histórias, melhor deixá-las apenas para as obras de ficção. Na vida real ninguém merece um conto de fadas.
Fonte indicada: Amor Crônico
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