O nosso parceiro não tem a obrigação de ficar nos aguardando enquanto tiramos nossas dúvidas por aí, para então retornarmos a ele como se nada tivesse acontecido. É preciso ser sincero, dizer-lhe o que sentimos ou o que não mais sentimos, pois ele é parte interessada no assunto, é parte integrante, inclusive, e merece saber com o que e com quem está lidando.
Sempre que estivermos em um relacionamento amoroso, precisaremos nos lembrar de que tem alguém muito, mas muito perto de nós, ali juntinho, que resolveu plantar os sonhos em nossos jardins, ao nosso lado. Não estaremos mais sozinhos, tampouco poderemos agir somente pensando nós mesmos. Caso não estejamos prontos para as entregas e renúncias que o encontro amoroso traz, é melhor não nos envolvermos seriamente, ou acabaremos trazendo sofrimento injusto ao parceiro.
Existem pessoas que parecem se negar a assumir, com responsabilidade e entrega, um relacionamento amoroso e tudo o que ele traz. Estar junto requer maturidade, disposição, vontade e empatia, uma vez que não estaremos mais sozinhos. Embora tenhamos que manter nossa individualidade, sem nos anular como pessoa, estaremos de mãos dadas com alguém que torce e sente junto, o que nos impede de caminhar sem voltar os olhos para o outro.
Muitas vezes, surgem algumas dúvidas quanto à validade de amansarmos, de acalmamos os nossos passos, de renunciar às baladas, às paqueras, ao não ter que dar satisfações, como se batesse uma saudade do descompromisso, da não responsabilidade sobre ninguém além de nós mesmos. Porém, hesitarmos sobre o quanto esteja valendo a pena abrirmos mão das coisas por conta de um relacionamento não nos autoriza a experimentar a solteirice às escondidas.
O parceiro não tem a obrigação de ficar nos aguardando enquanto tiramos nossas dúvidas por aí, para então retornarmos a ele como se nada tivesse acontecido. É preciso ser sincero, dizer-lhe o que sentimos ou o que não mais sentimos, pois ele é parte interessada no assunto, é parte integrante, inclusive, e merece saber com o que e com quem está lidando. Trata-se de uma vida que está se dedicando a nós, ou seja, agirmos em desacordo com o que o outro requer, como se ele nem existisse, é injusto e cruel. Ninguém merece isso.
Ou estamos ou não estamos juntos. Ou agimos como alguém compromissado e nos dedicamos ao fortalecimento do amor compartilhado, ou rompemos de vez, para então agirmos como quisermos, sem dar satisfações, sem ter que prestar contas a ninguém. O outro precisa saber que não estamos mais interessados em manter um relacionamento sério e teremos que ser nós quem deixará isso claro para ele. Porque dói demais saber pelos outros que estamos sendo preteridos, ignorados ou traídos, pois investimos fundo no amor. Tratar um sentimento tão nobre e verdadeiro com mentira e desprezo é coisa de criança. Não brinque com sentimentos; vai jogar videogame, caso tenha estacionado na adolescência. Mas avisa.
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