Ninguém nunca vai ser capaz de entender isso que se chama amor. Acho que todo mundo já conheceu uns casais que mesmo diante de uma guerra diária de insultos e provocações afirmam que o que sentem é amor pelo outro. E gente que parece ter nascido um para o outro e não sentem amados e nem ama. Existe uma grande confusão nessa ideia de amor e paixão.
É evidente que aquele algo enorme, um sentimento inexplicável de desestabilização em que nos impulsiona a boa loucura da aventura é na realidade nada além de paixão. Apaixonados, saímos de si, mudamos os comportamentos de maneira cega e raramente consideramos as consequências de nossas atitudes. É sentir-se vivo e empolgado diante do outro. Habitualmente a paixão é considerada inferior na escala de amabilidade do que o amor propriamente dito, mas não a considero algo ruim, pois é essa sensação que nos faz sentirmos vivos. É isso que nos atrai ao outro e vice-versa.
No entanto, o amor é um pouco mais desacelerado, é uma festa mais tranquila, chega a beirar a segurança, não abre mão do respeito e da conivência relacional, e é portanto, algo bem mais raro de encontrarmos nos dias de hoje, agitados. Apesar disso, ainda se demonstra presente por aí.
Será que o que sentimos é amor pelo outro mesmo? Algumas especialistas dizem que em amando o outro na verdade amamos principalmente a gente mesmo. E quer saber, faz sentido. O amor é um sentimento zeloso, que precisa de respostas aos estímulos. Amando o outro sempre encontramos o amor de volta.
Claro que um amor nem sempre é correspondido. Nesses casos, ele fica mais violento ainda. Não necessariamente descontrolado, mas é na rejeição que encontramos muitas vezes a fidelidade do insatisfeito. Quando isso ocorre, o sujeito não se nota com essa clareza, mas procura encontrar no outro um significado de uma das suas ausências. Daí, o sofrimento.
Desculpe, amor é muito mais que isso
Ao pensar sobre o amor me refiro a aqueles que mesmo diante de um grande empecilho resistem e prosseguem, mas também tipo mais velado de amor que está nas oportunidades de encontrar no outro somente uma escora emocional. É exatamente isso que leva as pessoas a se sujeitarem aos relacionamentos abusivos. Amores que exigem trocas na verdade não são amores, são medidas paliativas para mascarar a ausência.
Você me pergunta como deveria ser o amor? Não sei. Na verdade, ninguém sabe exatamente na prática, mas sei que não devemos creditar todas as fichas em um amor que nos subestimam, que não consideram a tentativa de fazer um relacionamento verdadeiro. Amor tem que ser respeito pelo outro, basicamente.
É importante saber que não podemos acreditar que o amor é representado por uma pequena parcela de relacionamentos que não deram certo, porque não são eles que não deram certo, são as pessoas que não deram. Existe sim relacionamentos saudáveis, que não merecem a suspeita de disfarce só porque é sadios e fortes.
O amor é, antes de tudo, uma história que precisa ser escrita a quatro mãos. Não tem jeito. É preciso aprender a conviver consigo para viver com os demais. Não sei o que é o amor, mas se não passar nem perto de somar, valorizar, agregar e tentar pelo menos não desmoronar o que construíram, já ajuda muito.
via do excelente Casal do Blog – ansiedade em ser feliz juntos
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