Toda semente regada está destinada a dar frutos. Todo fruto carrega seus múltiplos ângulos. Suas faces, sua fala, sua marra, sua graça. O mundo enxerga o externo, a sensibilidade o interno. A curiosidade vê todos os ângulos, o amor sente cada fragância da essência.
O bonito é saber olhar e poder enxergar com os olhos certos, com os olhos de dentro, que têm a melhor visão. A alma é a nossa morada mais mansa, mais densa, mais calma ou intensa, de acordo com a maneira que aprendemos a cultivá-la. Todo ângulo mostra um tipo de gesto. O mesmo movimento pode ser presente, espinho ou semente. Estando embalado de nossas digitais almáticas é o que importa.
Nossa assinatura mora no que deixamos exalar pelo caminho, pelos dias. É o que sentimos no peito que transmitimos a quem enxerga nossos versos a quem deixamos entrar em nossa casa.
Nosso lar mais belo é o interno, e nele vai amanhecer maior a cada dia tudo o que regamos aos poucos. Pode florescer espinhos ou pode florescer abrigo, amor e carinho. É só escolher as sementes que se quer regar para se colher as dádivas.
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