Por Robson Rodriguez
É COMO NUM CARTOON. De repente, aquela vontade insana e incompreensível de querer um montão de coisas com alguém, aparece. Isso assusta qualquer um. Então, um diabinho e um anjinho pousam em seus ombros e sussurram em seu ouvido, um de cada lado, dessa vez, ambos tentam te alertar da encrenca que esse alguém é.
Esse é o momento em que os ignoramos e cometemos o ledo engano ao dizer: você é incrível, garota. Vai dizer que isso também não acontece quando você encontra aquele sujeito que parece ser ‘o cara’?
Normal. Sabe por quê? Porque o amor é o reinado da teimosia e da rebeldia, que dividem um trono usurpado pertencente à lógica e a razão. Só isso.
Eu não sou nenhum filósofo grego. Definitivamente, não. Mas é isso.
E pra ser sincero, eu sempre tive (talvez ainda tenha) essa ilusão bonita, apesar de boba, talvez até utópica de que num dado momento da vida, distraído que sou, eu seria acometido pelo amor (esse sentimento fodástico), tiraria os pés do chão e sairia voando por aí, acima das nuvens, gritando ‘iuhuuuuu’ como se isso fosse me dar um superpoder incrível ou sei lá o quê.
E tudo que pude concluir, antes, durante e depois do amor, é que ele é, e não é, tudo aquilo que falam. Ele também não é nenhum meio termo. É complexo aos racionais e simples aos preceitos da lógica.
O amor é tanta coisa. É sinônimo. É voz ativa dentro do peito. É reticencias. É sujeito indefinido. Mas ainda assim, é certeiro e preciso. É a pergunta cuja resposta vem com um doce sorriso.
E eu descobri que sim, o amor é cego. E que a sensatez é o seu cão guia.
Porque o amor sem a sensatez é um pedinte. E a sensatez sem o amor é um vira-lata arisco. Ambos acabam se tornando complementares. E sabemos o quanto é catastrófico romper ou abrir mão dessa parceria.
E no fim das contas, veja só, concluo que amor é concessão. É mais que somar corpos, é também, dividir opinião. É saber dizer um ‘sim’. É saber ouvir um ‘não’. É saber que nessa vida há abraços e abraços, e que a maioria vira nó… Mas poucos viram laços.
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