Enquanto escrevo este texto, alguém está sendo criticado e julgado em algum lugar. Eu posso estar sendo criticada e julgada. Pode ser que alguém que me conhece pessoalmente ou não, faça um conceito preconcebido de mim, talvez eu não agrade, talvez o outro não goste de mim por inveja, por antipatia ou porque simplesmente não temos gostos parecidos.
Você pode estar sendo criticado neste momento. Isso acontece mais vezes do que você imagina. A sua maneira de vestir, falar, pensar, seus gostos, suas manias, o que come, a sua roupa, o seu peso, o que lê, o que escuta, as oportunidades que teve na vida, seu trabalho, seu novo projeto, a maneira como se expõe nas redes sociais, as suas ideias, a sua vida, as suas escolhas… tudo que você é, faz e fala te deixa exposto a avaliação do outro. E o outro se torna juiz da sua vida, se assim você deixar, pois basta existir para ser julgado.
Por muito tempo me deixei levar por esses julgamentos. Por muito tempo tomei decisões por medo do que iam pensar e criei amarras imaginárias, pois fiquei com medo de me expor. E tudo isso me trouxe um peso. Um peso que ao longo do tempo ficou difícil de carregar. Por que toda vez que eu me anulava, escolhendo fazer o que o outro esperava de mim, eu deixava um sonho morrer. Viver escravo da opinião alheia é uma das piores prisões que existe.
Então, eu te proponho a fazer o que eu fiz: escolha ser você mesmo. A vida é muito curta para viver de expectativas alheias. Tira esse peso. Manda embora. Despacha. Fique livre. Fecha os olhos, respire fundo e mande embora tudo que te faz mal. Não precisa dizer para quem te julgou, apenas diga para você mesmo, que não se importa. Livre-se do seu opressor, aí dentro de você em primeiro lugar. Dê as costas, um passo a pós o outro e não olhe para traz. Fuja das relações doentias.
Observe as pessoas ao seu redor e rejeite aqueles que pregam um “amor” por você, na condição de só te amar se você apresentar ser o que elas esperam. Ouse ser você o tempo todo, siga sua vontade e nunca ceda aos caprichos alheios. Rapidamente irão de odiar na mesma proporção em que diziam te adorar.
Muito cuidado com quem se diz muito perfeito, presta atenção naquele que te julga por ser quem você é e pela vida que tem. Normalmente, o julgador projeta no outro os defeitos que ele encontra em si. Evite falar da sua vida abertamente, você não precisa provar nada a ninguém. Tenha planos, projetos e sonhos. E os compartilhe quando tiver concretizado. Sua felicidade pode incomodar mais pessoas do que você imagina e você será julgado por ela.
Entregue seu coração somente aqueles que mereçam. Seus amigos, sua família, as pessoas da sua confiança. São poucos os que têm o privilégio de ter a sua confiança. Eles entendem quem você é, eles sabem dos seus defeitos, das suas qualidades, das suas loucuras e te amam em quaisquer circunstâncias.
Quanto aos que te julgam, que se danem. A opinião do outro é dele e não sua. Ninguém pode agradar todo mundo. Então, agrade a você em primeiro lugar. Lembre-se também que você não é perfeito, você erra. Então se perdoe pelos seus erros, livre-se da culpa e faça o mesmo por aquele que te julga. Perdoe, siga em frente e fique longe. O perdão libera o peso, manda embora o sentimento negativo, te desprende. Dê a você mesmo essa carta de alforria.
E acredite em mim, a melhor maneira de viver é abraçar as suas verdades escolhendo ser você a cada segundo do seu dia. Eu sempre amei escrever e isso sempre me fez bem, mas nunca mostrava meus textos, porque a opinião do outro me paralisava. E no momento em que decidi que isso não importava, foi como quebrar as algemas invisíveis que me prendiam. Confesso que ainda tem dias que me deixo levar, sinto o peso voltando aos poucos quando percebo que não estou agradando. Mas tento me lembrar dos meus valores e dos meus sonhos. Eles são maiores do que o outro possa dizer. Estou no caminho. Um dia chego lá. Chegaremos. Enquanto isso, escolho ser eu.
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