Por Lidiane Franqui
Já dizia Jonh Donne que “ninguém é uma ilha“. De fato, precisamos do convívio com o outro para atingir os objetivos propostos pela própria vida. Inspirada também pelas palavras de Donne, resolvi trazer a temática para a área do burilamento interior, ou seja, da autotransformação; e tentar fazer um breve comentário sobre como esse convívio auxilia no nosso crescimento pessoal.
Muitas vezes nos questionamos o porquê de certos “relacionamentos”. Seja qual for o campo das relações, estamos sempre vivenciando situações de aprendizado com o próximo. Porque precisamos, então, conviver com certas pessoas? Porque, muitas das vezes, dentro do nosso próprio ciclo familiar as relações são tão conturbadas? Porque, como disse John Donne, não podemos viver isolados dos outros seres humanos?
A resposta é simples: porque é através do outro que poderemos nos aprimorar, nos conhecer e colocar em prática aquilo que aprendemos no dia-a-dia. Desde a infância estamos estabelecendo relações que passam pela adolescência e depois se firmam na vida adulta. É a dinâmica da vida!
Mas como e de que forma o convívio com o próximo faz com que nos conheçamos?
“Inúmeros aspectos desconhecidos da nossa personalidade abrem-se para a nossa consciência exatamente quando conseguimos identificar, nos entrechoques sociais, aquilo que nos atinge emocionalmente.” (Ney Prieto Peres).
O que isso quer dizer?
O próprio Ney Prieto responde que as reações observadas nos outros que mais nos incomodam são as que estão mais profundamente marcadas dentro de nós. Mas isso, meus amigos, é muito difícil de admitir. E é sempre mais fácil julgar e condenar as deficiências dos outros do que a nossa. Mas reflita…
O conhecer-se através do convívio com o próximo acontece porque é através dele que exteriorizamos o que realmente somos. E quando aprendemos algo é com ele, o outro, que compartilhamos. Isolar-se numa ilha pode até ser valioso por um tempo, mas chegará o momento de por à prova o aprendizado e o conhecimento adquirido.
Portanto, valorize o mundo ao seu redor e, principalmente, comece a observar o quanto você deixa de si nos outros através dos relacionamentos de toda ordem. Veja com mais atenção como você se comporta nas suas relações e saiba (com toda certeza) que você é o resultado desse comportamento. Nós não somos o que falamos e sim o que fazemos e como nos comportamos.
Fonte: Você pode ser feliz
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