Por Bruna Consenza
O filme “Love, Rosie” é um romance daqueles em que o ator principal é o destino. Rosie e Alex são melhores amigos desde crianças e, apesar da evidente atração entre eles, nunca assumem o que sentem um pelo outro, mantendo a amizade acima de tudo. Quando chega a hora de irem para a faculdade, Alex decide cursar medicina em Harvard. Rosie, por sua vez, esconde de Alex que tinha engravidado na noite de formatura e, por isso, acaba ficando na Inglaterra.
Este é o primeiro desencontro que acontece entre os dois. Um tempo depois, quando Alex volta para a sua cidade natal, finalmente conhece a filha de Rosie e ambos encaram a realidade na qual a mãe solteira se encontra. De certa forma, eles parecem conformados com o fato de que não deveriam assumir seus sentimentos e apenas aceitarem as coisas como elas são. Decidem seguir suas vidas, mas sem nunca perderem o contato completamente.
Depois de muitos anos e diversos relacionamentos, é possível notar como toda vez que eles se reencontram a faísca do amor se acende. É impossível negar que, passe o tempo que for, Alex e Rosie continuam se amando. No meio disso tudo, Rosie chega até a se casar com o pai de sua filha, mas como dizem por aí: o que é pra ser, vai ser.
Este é mais um filme que nos faz lembrar de como o papel do destino é extremamente valioso. Entre idas e vindas mal resolvidas e inúmeros obstáculos no meio do caminho, fica evidente que, apesar de nunca terem iniciado um relacionamento, jamais conseguiram colocar um ponto final no que sentiam um pelo outro. É por isso que, independente das diversas pessoas com quem se relacionavam, nunca se sentiam completos. Algo sempre parecia estar faltando: seja o ponto final ou a chance de começarem a construir algo juntos.
Por mais que seja difícil assistir a uma situação na qual pessoas que se gostam não ficam juntas, a mensagem final é de que, muitas vezes, nem tudo vai sair como queremos, mas o que tiver que ser, será. É claro que, no caso de Alex e Rosie, eles não precisavam ter perdido tantos anos, mas talvez isso fosse necessário. Não apenas para se valorizarem mais, mas também para amadurecem e se encontrarem de vez no momento certo. Com certeza, nada é por acaso, e se eles tinham tudo para ficarem juntos desde o colégio e não ficaram, certamente é porque precisavam viver outras coisas separados antes de ficarem juntos.
O fato de sermos seres finitos acaba criando essa aflição de que tudo deve ser vivido hoje, pois nunca sabemos como será o amanhã. Isso, de fato, é verdade, mas calma lá que o destino sabe bem o que faz. Até porque o tempo é a única coisa que temos certeza de que irá passar. O tempo passa e leva muitas coisas embora, mas algumas pessoas não passam. Algumas pessoas permanecem até que as encontremos de uma vez por todas.
Para ler mais da autora acesse Obvious – Recanto da Desconstrução
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