Quando o assunto é relacionamento amoroso, muitos desconfiam dos “felizes” que não são seguidos do “para sempre”, condicionam a felicidade a pré-requisitos e contratos e se esquecem de que ela é privilégio dos distraídos e não obedece à muitas regras: reside na singularidade ou na soma de momentos delicadamente arrebatadores.
Felicidade é o primeiro abrir de olhos num dia em que eles sabem que se fecharão refletidos nos teus.
Felicidade é sentir meu desejo se confirmar e renovar através da saudade que minha pele grita da tua no decorrer dos dias em que não a visita.
Felicidade é a coreografia de borboletas há muito tempo adormecidas em meu estômago que acontece a cada vez que, nos momentos mais inesperados, teus lábios se demoram nas minhas mãos.
Felicidade é a beleza acrescida aos meus dias pela simples certeza de que ainda há muito de você a ser descoberto.
Felicidade é sentir a intimidade lentamente descalçar os meus pés e desvestir a minha alma, fazendo com que o teu peito me seja descanso.
Felicidade é, enfim, o caminhar de mãos dadas no hoje em trajetos desenhados pela possibilidade de uma coleção bonita de amanhãs.
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