Por Jéssica Parizotto – via Obvious
Ter 20 anos é encontrar o amor de sua vida várias vezes, tomar grandes decisões e aceitar o risco de se desfazer delas pouco tempo depois, mudar de cabelo, de roupa, de humor e de cidade sempre que surgir uma vontade imperativa de se manter em movimento. E isso é completamente aceitável e esperado, se você é jovem, bonita (o) e ainda não passou dos 30.
Casamento, matrimônio, núpcias, bodas, união… Todos esperam que quando você chegar a tal idade alcance o sonhado “felizes para sempre”. Todos?
A diretora argentina Paula Schargorodsky mostra que a busca pela felicidade não depende de alma gêmea – é possível ser feliz mesmo que lhe falte “ser completa (o)” pela outra metade da laranja.
Depois de mudar de cidade, de namorado e de vida, Paula passou a filmar compulsivamente sua rotina e a partir dessas imagens é que temos a chance de vislumbrar como a sociedade pode ser dura para quem não segue seu padrão estipulado há milênios.
O filme tem um tom feminista, mas a própria diretora reconheceu posteriormente que não só as mulheres passam por isso, é uma questão que não diz respeito aos gêneros e sim ao nosso establishment.
Então, tomo aqui a liberdade de refazer a frase que mais me emocionou entre todas do curta metragem: “A liberdade NÃO tem prazo de validade”.
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