Teimamos, muitas vezes, em procurar somente no espelho aquilo que nos incomoda e entristece. Da mesma forma, acabamos nos culpando exclusivamente pela infelicidade sentida diariamente. No entanto, apesar de sermos responsáveis pelo que nos acontece, nem tudo depende somente de nós mesmos, ou seja, temos que atentar também para o tipo de gente que caminha ao nosso lado.
Filmes, artigos, livros e palestras nos ensinam a olhar para dentro de nós mesmos, para que tomemos as rédeas do rumo de nossas vidas e nos conscientizemos de que muito do que nos ocorre é consequência de nossa forma de agir. Com isso, às vezes nos esquecemos de lembrar que o aquilo que está fora de nós também influencia a nossa caminhada, tendo poder, sim, sobre nossos humores.
É muito difícil levarmos a vida numa boa, ignorando o que à nossa volta é ruim e desagradável, como se fôssemos a única fonte de alegrias, como se aqui dentro houvesse uma força capaz de neutralizar o que acontece lá fora. Se o mundo carece de empatia, de solidariedade, de enxergar o próximo, imbuir-se de controle total sobre a própria vida, sem se importar com nosso entorno, soa, no mínimo, a egocentrismo.
Ficamos tão perdidos, que acabamos não sabendo mais onde procurar a felicidade, desviando-nos da essência que nos move, enquanto nos prendemos ao que aparentamos, à imagem física tão somente, uma vez que ela é mais palpável, está ali bem no nosso nariz. Assim, privamo-nos de prazeres frugais, para emagrecer e endurecer o corpo, sem perceber que cuidar do que está fora de nós também é essencial.
É preciso desintoxicar-se por dentro e por fora, cuidar do corpo – sem neuroses – e dos ambientes por onde transitamos, pois valorizar as coisas, os momentos e as pessoas certas nos tornará mais felizes e realizados. De nada adiantará malharmos por horas e comermos somente o que a dieta prescreve, caso saiamos da academia para uma vida superficial e rodeada de gente falsa e desagradável. Estaremos lindos por fora e em frangalhos por dentro.
Como tudo o mais nessa vida, é preciso equalizar as nossas atitudes e comportamentos, para que não exageremos além da conta no que somamos e no que restringimos. Quando priorizamos só o físico, quando ficamos muito indiferentes ao outro, quando transformamos comportamento em fixação, deixamos de lado muita coisa que poderia nos levar a sorrir mais e por mais tempo. Comer uma barra de chocolate vez ou outra não mata ninguém, mas dar importância a gente chata e insuportável nos distanciará cada vez mais da serenidade desejável em nossas vidas.
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Concordo contigo!!!! muito bem elaborado seu texto,tem tudo a ver com o momento que estou passando.Abrcos
Para começar não tem como ficar lindo por fora e estragado por dentro.
Procurar se alimentar de uma forma mais saudável não é neurose.
Os alimentos foram transformados em produtos alimentícios.
O foco não é estética, mas sim saúde.
Para movimentar o corpo não é obrigatório frequentar uma academia.
Algumas academias são legais e outras não... faça quando e onde quiser.
Tudo é o equilíbrio. Cada um tem a sua escolha.
não há ligação nenhuma entre alimentação saudável e gente chata ao nosso redor. rsrs
achei o texto sem fundamento. A maneira como a gente se alimenta é uma coisa, a maneira como lidamos com pessoas desagraváveis é outra. São coisas abissais, distintas e desconexas.
e concordo inteiramente com o comentário da Terezinha Morais.
Simplismente o autor quer dizer que não importa buscarmos uma melhora extena se internamente estamos passando por conflito, se no fundo o que estamos fazendo não é o que representa a nós de verdade... é uma metáfora...