Por Stephanie Gomes
Um dos temas que mais aparecem aqui no blog é autoconhecimento. Eu realmente sou apaixonada por esse assunto e já escrevi posts com reflexões, exercícios, perguntas, livros… mas nunca escrevi sobre o básico, o “por onde começar”, os passos essenciais para dar início e se manter no processo de autoconhecimento. Acabei indo direto para questões mais complexas e exercícios mais exigentes, que são importantes também, mas faltava falar sobre a base desse processo.
Antes tarde do que nunca, resolvi então reunir as ações que acho básicas para qualquer pessoa conseguir se conhecer melhor e se aprofundar cada vez mais no seu autoconhecimento. São algumas ações que acredito que devam sempre estar presentes na vida de quem busca essa compreensão maior sobre si mesmo.
1) Observar-se
Olhe para si mesmo e perceba os pequenos detalhes e as grandes características que compõem quem você é. Observe como seu interior reage a diferentes situações, tanto as boas como as ruins. Perceba em que situações se sente bem e em quais se sente mal. Tente entender o que te eleva e o que te coloca para baixo. O que faz você se sentir à vontade com você mesmo e o que faz você se sentir um estranho. Olhe para você com interesse, observe-se e tente captar detalhes, reações, emoções, mudanças de comportamento. Essas coisas dizem muito sobre você.
2) Explorar-se
Olhe profundamente para dentro de si e veja o que consegue encontrar. Raramente nos lembramos, mas existe paz, existe amor e existe felicidade dentro de nós. Perceba isso e depois pergunte-se: o que mais há dentro de você? Há uma grande vontade, uma característica não explorada, um interesse que ficou guardado, um diferencial escondido? Provavelmente você não vai encontrar uma resposta imediata, mas fazer essas perguntas uma única vez vai fazer com que você mantenha as dúvidas acesas e consequentemente ficará mais atento aos sinais que vão te ajudar a respondê-las.
3) Abrir mão de expectativas
O autoconhecimento muitas vezes é atrapalhado pelo fato de você alimentar esperanças de descobrir que é de uma certa forma, quando na verdade é de outra. Sei bem o que é isso, pois passei anos tentando encontrar o meu lado extrovertido, quando poderia me entender muito melhor aceitando que sou introvertida. Não entre no processo de autoconhecimento com alguma expectativa sobre si. Não idealize. Comece com uma página em branco.
4) Experimentar
Quanto mais você se expõe a novas experiências, mais repertório tem para entender a si mesmo e a sua relação com as coisas, as pessoas e o mundo. Toda experiência nova é um processo de autoconhecimento, pois você está se abrindo para algo que ainda não conhece, está reagindo a isso, tendo sensações e emoções e conhecendo novas perspectivas sobre as quais você pode se questionar se se identifica ou não, se te faz bem ou mal, se faz você se sentir confortável ou desconfortável, feliz ou triste…
5) Questionar-se
Faça perguntas. Muitas perguntas. Quem eu sou? Em que acredito? O que me faz bem? O que me faz mal? O que é importante para mim? Como me sinto quando tal coisa acontece? Quais são as minhas vontades e sonhos? Faça perguntas fáceis e perguntas difíceis. Perguntas profundas e perguntas que te deixam desconfortável. Perguntas simples e perguntas esquisitas. Pergunte-se muitas coisas e dê-se a liberdade de respondê-las honestamente, sem certo ou errado e sem pensar no que seria a resposta “ideal”.
6) Refletir
Minha parte favorita do processo. Amo quando surge alguma inspiração, seja um pensamento meu ou algo que li ou ouvi outra pessoa falar, e levo aquilo para uma reflexão sobre mim mesma, sobre a minha vida, sobre quem eu sou e o que quero para mim. A dica para fazer isso é estar atento a mensagens que podem vir de pessoas, de músicas, de filmes, de livros, de blogs, de vídeos ou mesmo de dentro de você. Quando algo chamar sua atenção e te despertar interesse, não deixe entrar por um ouvido e sair pelo outro. Reflita sobre isso, tente conectar aquilo que ouviu com o que há em seu interior, se aprofunde no tema e procure os aprendizados por trás daquela mensagem que podem servir para você.
7) Estar aberto a mudar de opinião
Ainda existem pessoas que acreditam que mudar de ideia significa não ter opinião própria, não ter personalidade, ser influenciável e blá blá blá. Não! Nós mudamos de opinião quando aprendemos algo melhor, quando crescemos, quando passamos por uma transformação… Tem uma frase do Freud que deixa bem claro que mudar de opinião é algo positivo: “Não me envergonho de mudar de opinião porque não me envergonho de pensar”.
8) Desconstruir
Desconstrua todas as crenças sobre o que é certo e errado, sobre o que você deve fazer com a sua vida, sobre o que significa ter sucesso e felicidade. Apague da sua mente esses limites, essas imposições, esse senso comum e tudo o que você ouviu dizer que deveria ser e fazer. Tudo isso te limita e te impede de realmente entrar em contato com quem você é, porque talvez essas crenças não tenham nada a ver com você, e enquanto acreditar nelas, você não terá oportunidade de conhecer outras opções. Abandone tudo o que te disseram e seja uma folha em branco antes de começar o seu processo de autoconhecimento.
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Oi Fabíola, tudo bem?
Sou a autora desse texto e gostaria de pedir que corrigisse a informação sobre a fonte. Meu texto não foi publicado originalmente no Relaxar e Meditar, e sim no meu blog.
Segue o link: http://desassossegada.com.br/2016/03/07/8-acoes-basicas-para-desenvolver-o-autoconhecimento/
Infelizmente eles não colocaram a fonte, então pareceu que o texto era deles... agradeço se puder corrigir.
Abraços!
Querida Stephanie: Iremos corrigir a fonte! Obrigada por entrar em contato com tanta generosidade! Obrigada por permitir ter seu texto publicado por nós!
Olá Stephanie!! Obrigada pelas dicas. Achei ótimo seu conteúdo e de fácil entendimento. Abraço