Para educar bem as crianças, devemos ensiná-las desde pequenas a importância da responsabilidade, que anda de mãos dadas com a liberdade. A felicidade não é apenas dar a elas o que nos pedem.
As crianças bem-educadas respeitam os outros e, ao mesmo tempo, sabem cuidar de si mesmas, porque possuem uma boa autoestima. Mas como podemos educar bem nossos filhos?
O caráter de uma criança depende de muitos fatores: há um componente genético, mas o estilo da criação que recebe e seu entorno são, sem dúvida, determinantes para modelar boa parte de sua personalidade e comportamento.
Está claro também que há crianças um pouco mais rebeldes que outras, sem que saibamos muito bem por quê. No entanto, é nesses casos que elas mais precisam de nós, de nossa inteligência emocional, de nossas orientações, de nossa compreensão.
Hoje, neste artigo, queremos sensibilizar você sobre a necessidade de educar as crianças para a felicidade, e essas estratégias cotidianas que podem nos ajudar neste objetivo.
Maria Montessori foi uma das pedagogas e educadoras mais importantes do século XX. Graças a suas metodologias e seus ensinamentos, ela nos trouxe vários recursos e enfoques com os quais favorecer a maturidade e felicidade de nossos filhos.
A importância dos períodos sensíveis
Tanto a própria Montessori quanto a maioria dos psicólogos infantis nos falam sobre a importância dos períodos sensíveis para as crianças, ou seja, etapas em que sua plasticidade cerebral é tão poderosa que podem ser incrivelmente receptivas a qualquer aprendizado.
A idade compreendida entre 0 e 5 anos é chave no desenvolvimento das crianças. As experiências prévias que lhes oferecemos nesse período são fundamentais.
Este conceito deve ser esclarecido desde o início.
Oferecer liberdade à criança não se baseia em deixá-la fazer o que deseja. Assim como nós, como adultos, temos responsabilidades, elas também têm suas próprias responsabilidades, que devem ser respeitadas.
As crianças não gerenciam adequadamente seu mundo emocional, porque não o compreendem e, às vezes, as emoções são intensas demais para que possam lidar com elas.
Por isso podem, por exemplo, confundir a tristeza com a raiva, e nós cometermos o erro de castigá-las sem entender o há por trás desses comportamentos desafiadores.
Tenha uma boa comunicação com seus filhos, seja alguém próximo em quem possam sempre confiar. Para isso, evite cair nesses erros:
-Não julgue
-Não brinque com seus sentimentos.
-Não compare uma criança com outra ou com algum de seus irmãos.
Uma educação democrática não é permissiva, porque favorece acima de tudo a comunicação e a liberdade da criança, com base em responsabilidades.
-A criação democrática identifica normas e limites que devem ser respeitados. Toda norma deve ser compreendida pela criança, e, é claro, cumprida.
-A criação democrática se baseia no diálogo contínuo, quando não é preciso levantar a voz, sem gritos, nem imposições, a não ser respeito e proximidade.
Quando falamos de crianças bem-educadas, não estamos descrevendo criaturas dóceis, de personalidade tranquila. A criança educada é assim pelas seguintes razões:
Para concluir, sabemos que educar não é fácil e que, às vezes, entre a falta de tempo e nossa preocupação em sermos os melhores pais e as melhores mães, tendemos a abrigar alguns medos sobre se estamos fazendo tudo certo.
Não se preocupe. Ser pai ou mãe é, antes de tudo, estar presente em cada instante para acompanhar seus filhos em seu caminho de vida, para lhes oferecer carinho, ajuda, e favorecer, por sua vez, sua liberdade.
São eles que devem escolher o seu caminho, são os arquitetos de seus próprios sonhos, que poderão alcançar se, enquanto isso, fizermos o possível para que cresçam felizes.
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