Por: Valerya Amanhecer
Chegou um momento em minha vida em que comecei a praticar “economia de pessoas”. Incluo no meu dia a dia todo aquele que dá riqueza aos meus dias, que valoriza meus sonhos e ganhos no meu coração.
“Devemos dar importância a quem nos acrescenta”. É possível que essa expressão soe um pouco drástica para você. Para isso, e em primeiro lugar, deveríamos definir o que significa o conceito de contribuição pessoal.
Contribuem para o nosso crescimento todos aqueles que são sinceros em seus atos, vozes e vontades. As relações humanas, longe de serem um intercâmbio na base de “você me dá eu lhe dou”, é uma coisa que vai além de todo bem material.
Estamos falando de emoções, e em especial de emoções positivas que favoreçam nosso crescimento pessoal com esse intercâmbio de experiências e pequenos momentos que elevam universos inteiros.
Vivemos em uma sociedade complexa carregada muitas vezes de interesses pessoais e individualidades. O dia a dia está regido frequentemente pela competitividade, e mesmo pela ânsia de posse.
Há quem anseie controlar o seu companheiro por medo de perdê-lo, pais que superprotegem seus filhos, amigos que dominam amigos por medo da solidão, por temor de perder um apoio incondicional e cotidiano.
Em muitas das nossas relações interpessoais pesa um sentimento de egoísmo do qual somos conscientes e que entretanto, suportarmos.
O que podemos fazer frente a essas situações? Qual é a forma mais efetiva de agir?
Temos clareza de que não se trata somente de nos afastarmos de todos aqueles “que não nos acrescentam nada”. A vida real não é como nas redes sociais, onde existe a opção de “eliminar amigos”.
É bem possível que algum familiar seu, longe de enriquecer sua vida, a preencha de mal-estar. Ou que você tenha um colega de trabalho meio negativo, derrotista e crítico. Não podemos apagá-los do nosso dia a dia.
Trata-se, simplesmente, de não lhes dar a importância que merecem. Evitar que eles afetem seus atos ou suas palavras, sempre e quando não cruzarem o limite de sua integridade emocional ou psíquica.
Agora veja, frente a esse tipo de personalidades onde toxicidade não sai da zona crítica,o melhor é não dar poder a eles: nem na sua vida, nem em seus pensamentos. Marque limites. Porque ao permitir que o afetem, você acumulará um estresse físico e emocional muito perigoso.
Apesar de que em muitas ocasiões não é possível controlar quem entra e quem sai das nossas vidas, temos a capacidade e a responsabilidade de decidir quem se mantém no nosso coração.
A chave desta permissividade, desta forma de conseguir que se importar com quem nos acrescenta, é construir relações positivas.
Explicamos quais são os pilares básicos:
Em nosso espaço falamos com muita frequência sobre a importância de “evitar apegos”.Bem, a essência está em saber diferenciar os apegos que nos provocam sofrimento (aqueles nos aferram a determinadas necessidades), dos apegos saudáveis, onde se constroem os vínculos de crescimento.
– Devemos favorecer apegos apoiados na confiança e não na ansiedade e no medo de sermos abandonados ou traídos. É vital que exista uma harmonia apoiada na maturidade e no respeito mútuo.
Negar que todos temos necessidades é colocar uma venda em nos olhos. Para que alguém nos importe de verdade, deve existir um adequado intercâmbio de ganhos pessoais.
– Um respeito mútuo e a segurança de que não vamos ser julgados ou rejeitados ao expressar nossos pensamentos.
– Amostras de afeto cotidiano: é essa sensação de cumplicidade que desfrutamos com nossas amizades, o carinho altruísta dos nossos companheiros… É oferecer afeto de forma livre.
Tudo isso são, sem dúvida, as raízes que enriquecem toda relação positiva.
Em ocasiões, quando se tem um problema, alguém próximo de você, em vez de contribuir com estratégias, ou simplesmente colocar-se no seu lugar para compreendê-lo, o recrimina por determinadas coisas.
São essas pessoas que, longe de ajudar, nos afundam mais ainda. Tente manter distância nestes casos, e escolha bem quem se aproxima de você nesses momentos.
As relações positivas têm como essência o dispor de uma harmonia interna onde os problemas, longe de ser obstáculos, são oportunidades pessoais de oferecer ajuda, aprender e fortalecer ainda mais o vínculo.
Se alguém do seu contexto mais próximo não aceita o fato de que tenha cometido certos erros, não será uma relação saudável, nem emocionalmente segura.
Enfrente sempre o exagero, as relações onde não cabem erros, onde não se concede a oportunidade de ser melhor.
Todos nós nos equivocamos, erramos, assumimos faltas e avançamos para crescer pessoalmente.
Todos aqueles que gostam de você como você é, com seus acertos, erros, manias e grandezas, são pessoas que contribuem com luz a sua vida. Não as perca, agarre-se com força à cauda de seus cometas…
Fonte: A mente é maravilhosa
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