Por Stael F. Pedrosa Metzger
Quando um casal busca por uma terapia suas reclamações mais comuns apontam para desilusões, raiva e dor que devem ser cavadas para que se possa encontrar no fundo qualquer coisa de valor que possa ajudar o casal a encontrar a cura.
Os seis sinais mais alarmantes de uma relação que está morrendo podem estar relacionados abaixo:
Quando a relação está realmente em apuros, os parceiros acusam um ao outro por qualquer erro que aconteça. Surge o jogo emocional da culpa e da exigência do “adequado arrependimento”. Quando não é atingido tal nível a punição e o escárnio se fazem presentes nas frases ditas um ao outro. Algumas podem soar como:
“É a terceira vez que você dorme no sofá, porque não diz logo que está me evitando?”
“Você fala como se fosse especialista em todos os assuntos… Quando foi mesmo que você leu um livro pela última vez?”
2. Dureza
Casais em crise não são delicados um com o outro. Seja qual tenha sido o nível de proximidade entre eles um dia, agora tudo se foi. Parecem vestir uma armadura de cinismo, amargura e pessimismo que os enrijece, prende e os deixa na defensiva o tempo todo. Alguns dos insultos mais comuns costumam surgir como:
“Claro que não me importo, de que adiantaria me importar?”
“Eu não vou me abrir para alguém que só faz me machucar…”
“Não estou mais ouvindo. Você é um idiota e sempre será!”
É normal que um casal tenha diferentes maneiras de ver a vida e de discordar sobre qualquer assunto. Os casais saudáveis usam essas diferenças como meio de se conhecerem mais, buscarem ver as coisas por outro ângulo e usar essas diferenças como complementos para uma relação mais rica e ampla. Os casais em crise costumam não resolver suas diferenças seja porque não sabem como fazê-lo ou estão mais interessados em “ganhar” uma discussão que ver o ponto de vista do outro. Eis as expressões mais comuns que as pessoas dizem quando estão presas a este tipo de comportamento:
“Eu não vou nem compartilhar tal assunto com você. Você não ouve mesmo…”
“Você só vê as coisas do seu ponto de vista.”
“Você é o dono da verdade. Está feliz por ganhar mais essa discussão?”
Quando os casais não vivem mais em parceria, as brigas tomam conta e eles parecem estar em contínua batalha pelo poder. Os comportamentos podem ser os mais absurdos como gritar, ser violento ou até sair de casa. São comuns as frases a seguir quando um casal está em plena luta para dar a última palavra:
“Quem lhe deixou tomar essa decisão? Deus?”
“Eu sei que estou certo e você não vai me convencer do contrário.”
“Ah, tá, você estragou tudo dessa vez, acha que vou lhe dar outra chance de pôr tudo a perder?”
“Eu estou assumindo o controle e não há nada que você possa fazer.”
As desilusões, mágoas, desapontamentos podem quebrar a confiança, principalmente se são inesperadas, importantes e reincidentes. Vícios, traição, promessas não cumpridas destroem a segurança do parceiro e trazem a desconfiança para a relação. Exemplos de frases que mostram uma confiança minada:
“Eu queria contar, mas nunca consegui…”
“Eu sei que prometi que ficaria em casa esse fim de semana, mas eu não posso controlar meu chefe.”
“Será que eu tenho que dizer todos os dias que eu te amo? Isso cansa!”
“Vê se cresce, tá?”
Quando a crise está no ponto “morte iminente do amor” não há nada no parceiro que o outro goste ou apoie. Tudo é irritante, tudo cansa ou enoja. As reclamações têm sido constantes e em nada têm ajudado. Não há mudanças de comportamento em nenhum dos lados. As queixas constantes vão construindo um muro entre os parceiros. O amor que havia agora está enterrado embaixo de uma montanha de raiva, autoindulgência e vitimização.
Nesse cenário devastador, as frases cortantes e constantes são algo como:
“Quem quer faz, quem não quer encontra uma desculpa.”
“Eu falei para você não tentar consertar, agora estragou de vez…”
“Você devia aprender com seus erros e não ficar repetindo a mesma estupidez!”
Consertar uma relação nesse estado só é possível se ambos desejam reconciliar suas diferenças. Se estiverem dispostos a olharem de frente os problemas, reconhecerem o erro e voltarem ao rumo certo, então há esperança.
O primeiro passo é identificar qual comportamento tem feito maior estrago e começar por aí a desenrolar os fios da relação. Comece por um e irá encontrando os outros.
Fonte indicada: Família
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Estou passando por isso tudo. Mas ainda o amo. Não quero perde-lo. O que fazer?