É engraçado pensar em como aquilo que ainda não aconteceu ocupa uma grande parte da nossa memória afetiva. Às vezes chega mesmo a ter o mesmo peso daquilo que de fato aconteceu. Uns chamam de projeção, outros de faz de contas, mas eu prefiro chamar de exercício de simulação sentimental.
O beijo que ainda não te dei, a massagem nos pés que ainda não te fiz, as brigas por motivos idiotas que ainda não tivemos, as decisões sobre qual música escutar no carro durante algum trajeto, o olhar de plena satisfação com o atual momento da nossa vida que ainda não trocamos.
As viagens que ainda não fizemos, as lágrimas de alegria ou tristeza que ainda não derramamos, o pote de sorvete de flocos que ainda não dividimos, os amigos em comum que ainda não temos, os porres dantescos e as trepada homéricas que ainda não aconteceram, as mentiras que ainda não inventamos, as desculpas que ainda não pedimos.
As estrelas que ainda não observamos deitados lado a lado sobre a grama de mãos dadas, as leituras que ainda não comentamos, as exposições que ainda não visitamos, os filmes que ainda não assistimos, os bares que ainda não frequentam os, as confidências sobre os momentos em que pensamos em desistir um do outro que ainda não abrimos.
O fôlego que ainda não te roubei, o vestido que ainda não levantei, a calcinha que ainda não rasguei, a canção que ainda não te fiz, o Vinícius que ainda não te recitei, os gemidos que ainda não deixamos escapar, os riscos que ainda não corremos em locais públicos.
O café da manhã que ainda não preparamos, os conselhos que ainda não recebemos, os presentes que ainda não compramos, os chocolates que ainda não comemos, as luzes que ainda não apagamos antes se dormir.
Enquanto o futuro parece assustar muita gente, pra mim ele sempre será sinônimo de busca e de aperfeiçoamento daquilo que seremos enquanto casal. Porque o futuro de quem ama é feito em par.
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Esse autor é um tremendo gênio