Tudo bem, eu sei que o mundo continua grande pra cacete, que a gente precisa conhecer lugares novos (aquele hotel supimpa em Bariloche, por exemplo), pessoas novas e tudo mais, mas o fato é que o mundo todo se apequena quando estamos juntos. Quando estou com você, Abu Dhabi fica logo ali na esquina.
Eu nunca me importei em ter que fazer e desfazer malas, mas descobri que a parte mais importante de uma viagem continua sendo a certeza de que temos um lugar pra onde voltar, um lar, um porto-seguro e agora vejo que é em você que me sinto em casa.
Não faz mais sentido partir de encontro a outros braços, outras bocas e outras camas. O Jorge me disse outro dia que eu havia enfraquecido, ao que respondi prontamente que muito pelo contrário, que eu agora me sinto o mais corajoso dos homens, disposto a encarar tempestades e tornados só pra poder voltar para o meu recém-encontrado lar.
Não sou mais o homem que costumava ser. De repente, todos os meus caminhos e rotas naturalmente me levavam até você, até esse abraço de quatro paredes com sala, quarto e cozinha. Peguei gosto pela rotina da voz rouca pela manhã, pelas brigas por coisas bobase pelas fatias de bolo de bem-casado no momento da reconciliação. Peguei gosto pela corajosa caretice de estar apaixonado.
Ninguém disse que seria fácil. Aliás, essa foi a primeira coisa que fizemos: avisar um ao outro sobre como éramos ranzinzas, ciumentos, impacientes e agressivos – é claro que isso só fez com que eu me encantasse ainda mais, no melhor estilo mulher de malandro, sabe?
Em todo canto que eu vou sem você, seja na padaria ou no bar do Seu Venceslau, nada mais sou do que um simples turista. Até uma ida ao mercado parece uma excursão a uma terra desconhecida e potencialmente perigosa, lugar sem norte, sem garantia ou segurança. Só na tua companhia sou capaz de me sentir uma parte do todo.
A Muralha da China e a Torre Eiffel podem esperar, bem como as pirâmides do Egito e as belezas da Patagônia. Nesse exato momento a minha terra, o meu reino, se restringe às fronteiras da cama onde a geografia do teu corpo se espalha por mapas que contorno com dedos, dentes, boca e vinho.
Quero ficar não por obrigação ou comodidade, mas por uma necessidade de estar vivo, necessidade de sentir-me vivo ao percorrer as águas do cotidiano como quem está sempre embarcando em uma nova aventura e isso só você e ninguém mais pode me proporcionar.
Por isso, meu bem, só me deixe subir a bordo e içar as velas que o resto a gente ajeita no caminho.
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