Que trecho de livro mudou a sua vida? Com essa pergunta, a Revista Galileu estimulou seus leitores a compartilharem indicações através do Facebook e, abaixo, reuniu algumas das melhores. Confira:
Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe
É uma coisa bastante uniforme a espécie humana. Boa parte dela passa seus dias trabalhando para viver, e o poucochinho de tempo livre que lhe resta pesa-lhe tanto que busca todos os meios possíveis para livrar-se dele. Oh, destino dos homens! – Por Layla Malvares
A Revolução dos Bichos, de George Orwell
Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era porco – por Angélica Stefanelo
A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente
Mais vale um asno que me carregue do que um cavalo que me derrube – por Samanta Lemos Öz
Ferreira Gullar
Como dois e dois são quatro, sei que a vida vale a pena, embora o pão seja caro e a liberdade pequena – por Jailma Araujo
Primo Basílio, de Eça de Queiroz
Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações! – por Mari Cardoso
Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle
Eu sou um cérebro, Watson. O resto é mero apêndice – por Enthony Stevie
Memórias de Minhas Putas Tristes, de Gabriel Garcia Marquéz
Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco – por Cecys Cecys
Versos Íntimos, de Augusto Dos Anjos
Toma um fósforo acende teu cigarro, o beijo amigo é a véspera do escarro. A mão vil que te afaga é a mesma que apedreja, se alguém causa ainda pena à tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga, escarra nessa boca que te beija – por Josemar Peterle
E vocês, podem contribuir com outros exemplos? Escrevam nos comentários!
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Só faltou deixar a fonte: Revista Galileu