Gosto de desfechos. Da conclusão de um livro, do final de um filme, do destino das personagens de uma novela.
Ao contrário do prólogo, o epílogo é mais rápido, transformador, libertador. São feitas as revelações, decifrados os mistérios, concluídos os caminhos, perdoados os espinhos.
Infelizmente nos acostumamos com finais felizes. Com tudo em seu devido lugar, do jeito que deve ser. E daí que olhamos para nossas vidas e perdemos a noção da realidade.
Crescer. Ninguém disse que seria fácil. Optar por um caminho em detrimento a outros. Definir nossas escolhas, deixar aquilo que não virou opção. Renunciar, dar fim a um tempo que se esgotou. Nunca é fácil, mas pode ser simples se você aprender a perder. A entender que finais felizes_ c.e.m por c.e.n.t.o felizes_ não existem, e isso de você achar que sua vida não está boa agora, acontece com todo mundo, e é assim mesmo, ok?
Então, primeiro acalme-se. Perdoe-se pelas escolhas que fez. Ninguém sabe ao certo_ ao certo mesmo_ que estrada seguir, mas a gente opta e torce pra que dê certo. Daí se contenta com o que deu. Pois o que deu_ seja bom, ruim ou mais ou menos_ é o que há. E aí sim você tem que aprender a aceitar. Paciência… como diria sua mãe, não é?
Segundo: Sabe aquele livro romântico que você adorou? Olha, confie em mim, ele não ajudou em nada. Aliás, ele tem te atrapalhado muito através dos anos. Porque você aprendeu a acreditar num tipo de amor meio esquisito, num amor que tem um desfecho atrapalhado porque lhe faz acreditar em idas e vindas, joelhos dobrados embaixo da janela, buquê de flores com pedido de perdão, arrependimento e revisão de vidas… e sabe, isso não acontece. O que acontece é você perceber que é capaz de amar, e isso já é tão bonito, tão divino, que você não precisa ficar sonhando de olhos abertos, você só precisa… a.m.a.r.
Terceiro: Na vida real não são só os vilões que perdem. Pessoas do bem e de boa índole perdem o tempo todo_ e é assim que crescem, evoluem, amadurecem.
Quarto: Os finais acontecem a todo momento; estão acontecendo agora, dentro de você. Então não espere fogos de artifício, viradas de página, ou um “THE END” em letras garrafais na sua frente. Não aguarde o momento de rejeitar quem te rejeitou; de perdoar quem te magoou; não espere passar o natal, dia dos pais ou aniversário de casamento pra dizer que ama, pra dizer que não quer mais, pra esquecer a vingancinha, pra definir o que quer que seja. Só é preciso uma pessoa pra finalizar qualquer capítulo: Você mesmo. Então não adie sua vida e peça a Deus que cure as mágoas_ pois essa é a parte mais difícil.
E enfim, acredite: Os finais nunca são eternamente felizes como na TV. São felizes na medida do possível, do jeito que podem ser. E quando a gente entende que perder_ qualquer coisa_ liberta, a gente relaxa. E percebe que ter responsabilidade não é tão difícil assim, pois quem costura as histórias e arremata o ponto final é você.
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